O confinamento para quem tem um distúrbio alimentar: “Treinar muito e ingerir poucas calorias”
Terapia06/08/22 • 15 min
Sofia tem 16 anos e, em 2021, foi diagnosticada com uma perturbação do comportamento alimentar associada a pensamentos obsessivos com o peso. Foi durante o primeiro confinamento que, com os ginásios fechados, começou a treinar em casa. Sentia-se culpada sempre que comia mais do que devia ou não treinava tanto quanto devia.
“Foi no início de 2021 que se começou a ver pelo meu corpo que não estava muito bem. Comecei a ter pensamentos obsessivos. Achava-me gorda, que não estava bem”, descreve.
Estima-se que cerca de 4% da população já tenha sofrido de algum tipo de perturbação do comportamento alimentar, de acordo com os dados disponibilizados pela psicóloga Sátya Sousa. As raparigas são muito mais afectadas do que os rapazes.
São comportamentos que se caracterizam por uma “perda de peso acentuada, restrição alimentar, grande medo de aumentar de peso, controlo forte nesta área e alteração da percepção corporal”, explica.
Mas há solução. Sofia procurou-a e agora tem uma nova forma de olhar para a sua relação com a comida: “Agora vejo uma diferença. Lido com os pensamentos de outra forma. Eles vêm e eu penso ‘Quando quiseres ir embora, vais.’ Não deixo que me massacrem.”
Podcast realizado em parceria com a Ordem dos Psicólogos.
06/08/22 • 15 min
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