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Podcasts do Lama Padma Samten

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Lama Padma Samten

Ouça trechos de gravações de palestras e retiros do Lama Padma Samten pelo Brasil. Alguns dos áudios abaixo estão disponíveis na íntegra em CDs e DVDs. Para adquirir, visite nossa loja virtual: http://loja.caminhodomeio.org
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Podcasts do Lama Padma Samten - Áudio da palestra "Felicidade na Vida Cotidiana" – Lama Padma Samten
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03/22/16 • -1 min

Transmissão pública ao vivo da palestra “Felicidade na Vida Cotidiana” realizada no auditório do IBQP (Curitiba, PR), em 18 de março de 2016.

Transcrição de um trecho do ensinamento

“É super importante entender se estamos olhando de dentro da bolha ou de fora da bolha. [...] Vocês olhem: uau... vendedor de cachorro quente, vendedor de refrigerante, pessoal da segurança, pessoal da emergência de saúde, os gandulas... Tem vários níveis de realidade ali. Tem os jornalistas, tem os treinadores, tem os olheiros, tem um monte de gente, cada um com suas bolhas.
Vocês estão olhando isso, vocês não estão ali dentro, vocês não estão morrendo ali dentro. Vocês não fazem parte da população de algum tipo de bolha ali dentro. Vocês estão treinando esse olho que é capaz de ver as múltiplas bolhas. Com isso, vocês treinam esse lugar livre da própria bolha.
Qual é a melhor condição para a gente treinar no espaço livre das bolhas? O próprio contexto das bolhas. As piores bolhas são as melhores. As piores bolhas são aquelas que nos pegam, nos arrastam, elas são as que nos oferecem um treinamento melhor.”
—Lama Padma Samten

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Conversa entre Lama Padma Santem e os Zen Peacemakers durante o 3o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS).
Convidados: Professores do Zen Peacemakers, Ovídio, Olga, monge Koho e monja Daien do Vila Zen.

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Podcasts do Lama Padma Samten - Inspirando e expirando… Meditação conduzida por Lama Padma Samten
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03/16/16 • -1 min

Em 2007, no CEBB Caminho do Meio, a pedido de alguns praticantes, Lama Padma Samten ofereceu uma meditação guiada. É só dar play para praticar por 27 minutos.
Para quem nunca recebeu orientações de shamatha presencialmente de um professor, um esclarecimento para que a condução não seja mal interpretada: ao ouvir “inspirando e expirando”, sugerimos apenas sentir, observar, manter a atenção conectada com a respiração — não há a necessidade de puxar ou empurrar o ar, fazer esforço, controlar ou interferir. Assim o corpo respira por si só, de modo desobstruído, amplo, natural, silencioso, suave, às vezes mais curto e superficial, às vezes mais devagar e profundo. E você pode observar cada instrução oferecida para estabilizar corpo, energia, mente e paisagem.

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Ensinamento oferecido por Lama Padma Samten em 19 de setembro de 2016 no CEBB Darmata (Timbaúba, PE).

“Pode ser que haja um grupo muito grande de seres atrás de cada um de vocês aguardando que vocês também atinjam um nível de realização, sejam capazes de olhar com lucidez e purificar as experiências da vida de vocês e aí, dotados desse medicamento que brota da purificação de suas próprias vidas, vocês consigam oferecer benefícios para aqueles que têm carmas semelhantes, penetrando em suas bolhas.”

Duração: 45 minutos. Principais temas: quatro nobres verdades, duka, lokas e bolhas de realidade, papéis e identidades, prajnaparamita, vacuidade, natureza livre, morte e impermanência, bodicita, a diversão dos bodisatvas, a essência do treinamento, compaixão, lucidez em meio ao mundo, carma e meios hábeis, purificação da vida, transformação dos venenos em remédio, Darma no ocidente, voto vajra.

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Transcrição de um trecho

Nós nos construímos de um certo jeito, dentro de cenários de um certo jeito, depois nós temos que nos reconstruir. E vamos indo. Vamos nos construindo e reconstruindo, construindo e reconstruindo. É assim. Aí vocês veem figuras históricas, que parecem que são eternas: elas vêm existem de um certo modo e cessam. É inacreditável isso. Essa é a transmigração. Todos nós estamos submetidos a isso.
Nós não encontramos o nosso verdadeiro papel. Não há um verdadeiro papel. A multiplicidade dos papéis que nós fazemos exerce ou aponta para a natureza verdadeira. A nossa verdadeira é uma natureza livre, luminosa, que constrói realidades. Esse é o nosso verdadeiro papel. Desse papel nós não conseguimos escapar. Como um artista de teatro, tentamos nos identificar com algum dos papéis, mas não é possível. A gente não consegue se identificar. A peça sempre termina. E, mesmo que a gente se apaixone pela mocinha da peça, aquilo não vai funcionar. Ainda que aquilo funcione por um tempo como uma outra peça, uma metapeça num metacenário, aquilo de modo geral termina também. Eventualmente a mocinha envelhece ou o herói fica de cabelos brancos, se encurva e não serve mais como herói. Então nós trocamos de papéis, inevitavelmente.
Esse é um ponto super interessante. Quem vive há mais tempo e está submetido à influência da Rede Globo, a pessoa vê as meninas entrando num papel de coadjuvante, depois elas viram as mocinhas da novela, depois elas viram as senhoras da novela, depois viram as vovós da novela, depois elas viram as bruxas da novela, depois elas viram as grandes divas que fizeram não sei quantas coisas, depois elas morrem! É assim. Então é interessante ver os atores passando por isso. Eles são convidados para diferentes papéis, eles vão transmigrando o tempo todo, vão transmigrando. A arte e a realidade se fundem, a arte aponta a realidade, aponta diretamente a realidade. É muito extraordinário isso.
Quando nós não entendemos isso, nós estamos presos em bolhas de realidade. Dentro dessas bolhas nós tentamos defender as características daquilo, a gente faz esforços, tenta prolongar ao máximo aquilo. Ainda que a gente saiba que vai morrer, a gente brinca que não vai morrer. Ainda que a gente saiba que a impermanência é inevitável, a gente tenta não ver isso. A gente tenta andar. Ainda que a gente saiba que as nossas identidades são um tanto fake — ou cem porcento fake — as nossas identidades, a gente tenta torná-las totalmente reais, e tenta descrever isso como se fosse alguma coisa de grande importância. Então, na medida em que nós passamos por essa situação, tentando segurar aquilo que é transitório, o sofrimento é inevitável. Ele surge também com a cara do sofrimento que a gente sente. Porque quando nós nos defrontamos com a fragmentação das bolhas de realidade onde nós operamos, justo porque nós lutamos constantemente para preservá-las, isso se manifesta como sofrimento em nós mesmos. Então, esse é o cenário que nós vivemos.
O Buda contemplou esse processo. O Buda, desde o ponto que não se move, desde o ponto que está além das transmigrações, desde o ponto que está além das bolhas e das realidades ilusórias, contemplou todo esse cenário, contemplou tudo isso. Então ele descreve o sofrimento e descreve as causas do sofrimento como a prisão a esse processo. Na terceira nobre verdade, o Buda descreve a liberdade diante do sofrimento, a possibilidade que nós temos de ultrapassar isso. Por que que nós temos essa possibilidade? Porque isso não é a nossa realidade. Isso é uma construção. Nós não precisamos operar desse modo. Nós não temos como ter êxito dentro disso.
Por outro lado, a realidade tal como ela é se impõe sobre as coisas. Ela se impõe porque a nossa ilusão, seja qual for, seja qual for a bolha dourada, ela se rompe. A realidade não fica con...

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Áudio dos ensinamentos de Lama Padma Santem no 5o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)

Transcrição de um trecho do ensinamento

“(...) Eu posso ver como eu estou construindo realidades e naturalmente sustentando essas realidades, isso é super útil. Por que? Porque, por exemplo, quando nós estamos no sonho, à noite, a gente não tem a sensação de ser a mesma pessoa do estado acordado. Nós estamos em um outro ambiente, é uma outra coisa. E a gente pode perguntar: o que é que se preserva quando a gente anda em direção ao sonho ou quando a gente volta do sonho? Então a gente vai reconhecer que o que se preserva é a mente luminosa que constrói aparências e sustenta aparências, por exemplo. Ela se mantém.
É a mesma mente silenciosa que está fora das bolhas, essa se preserva. Isso pra nós é crucial, pessoal, porque nós estamos querendo ver o que se propaga além dos bardos, incluindo a morte. Aí depois nós olhamos na meditação, olhamos as múltiplas bolhas, o que é que se propaga? Não são as aparências. Mas é o fato de que em cada circunstância, em cada bolha e em cada transmigração, desde sempre, o que se sustenta é o silêncio que está além das construções. Porque as construções da mente fundamental vocês vão mudando, quando eu estou em diferentes regiões de Alaya Vijnana aquilo é diferente, mas a mente primordial, aquilo segue.
E da mente primordial brota energia, como surge dentro dos sonhos também, brota luminosidade, que produz as aparências, e brota uma sustentação natural. Qualquer experiência nossa, qualquer bardo, qualquer transmigração, mantém esses elementos. Aí nós vamos dizer: esse é o aspecto mais profundo em nós. Os aspectos mais profundos não são as identidades que entram em crise, não são os ambientes, não são as fixações, nada disso. Na verdade eu to procurando aquilo que se mantém mesmo em qualquer circunstância de transmigração ou bardo. Baseado nessa localização, que é especialmente Dharmakaya, que seria o silêncio não cognitivo, sem conteúdo de bolhas, sem referencial, que é como a Prajnaparamita aponta, essa vacuidade está presente em qualquer circunstância.
Aí nós começamos a olhar os bardos como estados de sonho. As múltiplas transmigrações como estados particulares de sonho, tomando por base aquilo que não muda, que é Dharmakaya. Então esse é o aspecto secreto. Nós estamos focando aquilo que nas aparências não surge, mas está ali. É o aspecto primordial, é o final do caminho, nós precisamos olhar isso, esse é o objetivo, nós estamos indo nessa direção, pra olhar isso. Isso elimina o sofrimento, elimina os 12 elos, elimina vida e morte. Porque dentro dessa clareza, não há o engano de nós nos fixarmos em condições aparentes dentro de bolhas ou dentro de estados, identidades ou circunstâncias parciais e transitórias. Não há. A gente passa a localizar aquilo que não é transitório dentro da aparência transitória.”
—Lama Padma Santem

Download do áudio

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Principais temas

Ensinamentos sobre natureza primordial; seis selos; formas de transmissão através do silêncio; formas históricas de transmissão direta de Dharmakaya; transmissão da Flor de Udumbara; sílaba “Phat”; explicação do mestre Dogen sobre “Shinkantaza”; transmissão do som do sino de Chenrezig, descrita no Surangama Sutra; tesouros do espaço básico;

Vídeo do ensinamento

O trecho acima está a partir de 01:40:15

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Áudio dos ensinamentos de Lama Padma Santem no 4o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)

Transcrição de dois trechos do ensinamento

“A gente está dentro de uma bolha, depois dentro de outra bolha, dentro de outra bolha, e cada uma delas vai manifestando sabedorias correspondentes. E nós somos o quê? Se a gente não é nenhuma das identidades dentro de cada uma das bolhas, nós somos mais ou menos o quê? Essa que é a questão. Isso é super importante, pessoal.
A gente não precisa lutar contra a dispersão da mente, a dispersão da energia, o saltitar entre as bolhas. A gente precisa da pergunta: se tem esse saltitar entre as bolhas, o que é que não saltita? O que se mantém enquanto esse “pular” se dá? Porque eu tenho a sensação de que sou eu pulando, tem algo dentro pulando, mas o que é que não pula quando tudo pula? O que não pula é a vacuidade, pessoal.
Essa vacuidade é a nossa experiência básica, ela é que permite eu me manter vivo quando nós saímos de uma bolha para outra. Tem alguma coisa viva ali, e esse aspecto vivo é a vacuidade. A vacuidade é que constrói a outra realidade, constrói as outras conexões. Dela brota a sustentação e brota a energia das aparências que a gente está construindo. Nós somos isso e precisamos tomar esse refúgio.
Durante um tempo a gente não percebe, porque a gente entra nas várias bolhas o tempo todo, vamos entrando, entrando, mas nós não somos essas bolhas. Então é super importante entender que nós não somos essas bolhas. Isso é o Prajnaparamita, isso é a sabedoria primordial.
Nós somos iogues da vida cotidiana. Eu acho perfeitamente justo dizer que nós somos iogues, sabe? Porque o iogue não precisa estar nas florestas, nem nas montanhas, nem nas águas, nem lidar com onças. Por exemplo, não falta onça nenhuma ao nosso redor, tem uma abundância. Não falta incerteza nos lugares onde nós estamos andando, não falta impermanência, não faltam conteúdos assustadores nos vários ambientes. Essas percepções não são externas, não é o gráfico, não é a aparência grosseira que importa, o que importa são as aparências. As aparências que nos tocam são essas que nós estamos vivendo, então essa é a selva que nós estamos vivendo.
Naturalmente, nós temos lembranças dentro de nós de tempos anteriores, onde o mundo era composto desse modo. Então nós vamos lembrar dos rios, das florestas, das montanhas etc, como se a gente precisasse voltar pra isso, mas não falta nenhum desafio de prática enquanto nós estamos aqui no cotidiano. Aqui é um lugar onde as onças podem aparecer em grupos, pode aparecer onça junto com elefante, tudo junto assim, fácil. A multiplicidade das aparências e das conexões que a gente vai desenvolvendo nos permite a compreensão de que tem algo além dessa multiplicidade.”
...
“Os bodisatvas não tem nada para atingir. Eles se manifestam através da confiança na prajnaparamita. Uma vez que não há obscuridades mentais, não há medos. [lendo o Sutra do Coração] Esse é um ponto super interessante. Mesmo que vocês estejam em crise, vocês sentam nesse lugar, não há obscuridade mentais. Se não há obscuridades mentais, não tem medos. Daí a crise terminou. É um bom lugar... A crise some! A crise necessita da fixação em referenciais. Podemos ter crise e ansiedade rapidamente por qualquer coisa, até por jogo de futebol, filme... Está lá o filme e vocês estão passando mal. Por quê? Porque vocês estão olhando aquilo dentro do referencial que foi introduzido. A mente de vocês, operando dentro daquele referencial, começa a ver os gráficos, as manchas significando coisas. E vocês estão reagindo dentro de um conjunto de referenciais. Aquilo não é nada, mas nos deixa ansiosos. [...] Aquilo é um filme, pessoal. Isso é o refúgio no prajnaparamita. Nós nos refugiamos fora da bolha. Não é uma habilidade de andar nas bolhas. É uma habilidade de ter lucidez fora da bolha, que se derrama sobre a própria bolha. A maior lucidez diante das aparências é você poder olhar as aparências fora das bolhas e ver como elas aparecem.
É muito útil a noção de que as formas não são as paredes... Namorado ou namorada não é esse ser que você pode tocar. Se for esse ser, quando vocês olhássem uma foto não aconteceria nada. Como é que vocês olham a foto e acontece alguma coisa? É porque a forma é abstrata, é luminosidade, é uma experiência coemergente.”
—Lama Padma Santem

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Principais temas

Ponto último; método de Longchempa; Prajnaparamita, Sutra do Coração linha a linha; bolhas; transmigração; sabedoria primordial e vacuidade; ensinamento de Kuroda Roshi; Genzo Koan do mestre Dogen.

Vídeo do ensinamento

The post Áudio do Retiro de Verão 2016 #11 –...

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Áudio dos ensinamentos de Lama Padma Santem no 4o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)

Transcrição de um trecho do ensinamento

Materialismo espiritual
“A fixação à identidade dentro do caminho espiritual conduz àquilo que é chamado de materialismo espiritual. Aquilo é uma dificuldade porque, por exemplo, a gente senta e apruma a roupa, aquilo tem que ficar bonito, como eu, todo arrumado aqui. A pessoa tem que estar composta, toda arrumada e composta. A pessoa tem uma identidade que está ali.
(...)
É comum vocês encontrarem grandes mestres que dizem: eu não tenho qualidades. Então isso está ligado à liberação da identidade. Isso eu também ouvi uma vez e me impressionou quando Sogyal Rinpoche estava apresentando Trulshik Rinpoche em uma palestra, em um auditório enorme, três vezes maior do que aqui, um monte de gente, e o Sogyal Rinpoche comovido, lembrando da biografia do Trulshik Rinpoche, que morreu recentemente. E aí quando Sogyal Rinpoche, que era o tradutor do Trulshik pra vocês terem uma ideia, terminou de falar, o Trulshik Rinpoche disse: eu não tenho essas qualidades como foi apresentado.
Eu confesso pra vocês que eu fiquei decepcionado, porque se tal mestre que tinha vivido a vida inteira em retiro não tinha essas qualidades, a nossa chance...e eu pensei: ops, estamos com um problema. Aí ele disse: se é que eu tenho alguma qualidade, é de conexão com a mente do meu guru. E eu pensei: ta aí o pulo do gato. Claro, esse é o ponto. Aquilo não é a mente dele, ele não está pensando “eu sou isso”, mas ele tem a mente do guru dele.
Então a gente avança não porque a gente se torna alguma coisa importante, a gente avança porque a gente manifesta uma mente de sabedoria que não é de ninguém. Esse é o ponto. Então, por exemplo, quando a gente está no caminho, a gente pode escorregar pra dentro do materialismo espiritual. É natural também que a gente comece dentro da perspectiva autocentrada do materialismo espiritual. “Eu quero ser isso, eu quero ser aquilo, eu acho importante isso, eu acho importante aquilo, eu progredi, eu tô assim, eu tô melhor, eu sou mais importante que os outros que estão começando”. Então a gente pode ter essa visão. Isso é materialismo espiritual.
A gente pode competir com o outro também e se sentir ofuscado porque tem alguém brilhando. Isso é materialismo espiritual. Aí a gente precisaria lembrar que, mesmo que alguém brilhe muito, isso não importa. Se a pessoa brilha genuinamente, não é ela que brilha, é o Buda primordial dentro que brilha, não é a pessoa, aquilo não são qualidades pessoais. E o fato de alguém brilhar não impede que outro brilhe, que outro brilhe. Quanto mais pessoas estão brilhando, mais gente vai brilhar. E na verdade não é o brilho das pessoas, é o brilho da natureza lúcida da mente.”
—Lama Padma Santem

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Principais temas

Controle de qualidade; autocentramento; Bodichitta; devoção; guru yoga; energia estável e mãe Darmata; sabedoria primordial; liberação da linguagem da identidade; materialismo espiritual; ação no mundo; ensinamentos que levem até o final do caminho; obstáculos do corpo; perguntas e respostas.

Vídeo do ensinamento

The post Áudio do Retiro de Verão 2016 #10 – Controle de Qualidade, Instruções Piedosas appeared first on Centro de Estudos Budistas Bodisatva.

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Áudio dos ensinamentos de Lama Padma Santem no 3o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)

Transcrição de um trecho do ensinamento

As quatro formas de ação
“Em primeiro lugar a pessoa treina a ação de poder. Ação de poder é não se perturbar pela ação dos outros. A gente gera uma energia autônoma, que independe das aparências. E aí como é que nós vamos ser atingidos? Ação de poder não é a capacidade de pegar o pescoço do outro, mas é a capacidade de, mesmo sendo pego no pescoço pelo outro, não se abalar.
Daí, segunda forma de ação, ação pacificadora. Então por exemplo, diante de situações aflitivas, nós olhamos e vemos qualidades nos outros. A gente em primeiro lugar não se perturba, em segundo lugar vê e reconhece qualidades. Porque quando nós estamos afetados pelos outros, parece que as qualidades dos outros desaparecem. Então agora a gente vê essas qualidades. Isso é super importante, é um teste se nós estamos realmente com a qualidade da ação de poder ou não. Se a gente tem a qualidade da ação de poder, se a gente desenvolveu essa habilidade, a gente consegue ver qualidades nos outros. Mesmo nos inimigos.
Aí quando nós desenvolvemos essa segunda forma de ação, vem a terceira, que é a ação incrementadora. Ou seja, a gente olha aquelas qualidades positivas do outro e ajuda ele a se manifestar a partir daquilo. Favorece os meios para que o outro possa se manifestar através de qualidades positivas. Essa é a terceira forma de ação.
Aí vem a quarta que é a ação irada. É uma ação compassiva irada. Ela não é uma ação raivosa irada. Não é uma ação contra alguém. A ação irada é uma ação a favor de alguém. Por exemplo, a pessoa vai fazer uma bobagem e vai causar muitos problemas, então a gente trata de evitar que ela faça aquilo. Às vezes a ação irada é suave, às vezes ela é cheia de energia, isso depende do que é necessário. ”
—Lama Padma Santem

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Principais temas

Visão do budismo sobre a evolução das espécies; Terras Puras; quatro ações; vacuidade; como pacificar relacionamentos difíceis; o que é a mente; seis reinos; por que praticar ações positivas e acumular méritos; como desconstruir o conceito de alma; causalidade e originação dependente; budismo e psicanálise.

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Áudio dos ensinamentos de Lama Padma Santem no 3o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)

Transcrição de um trecho do ensinamento

“Bloco 0 seria as pessoas no meio do mundo, achando tudo normal, tudo bem. Por exemplo, as pessoas em meio ao mundo querem paz, segurança, aumento de salário, 13o, férias, casa na praia, escola pras crianças, seguro saúde, ortodontista pras crianças, então se formos fluindo assim, estamos bem. Isso é o bloco 0.
Se alguém chegar e disser: “Veja, o mundo é isso, é aquilo”, aí a pessoa diz: “Ih, complicou. Vamos simplificar a coisa, esse fim de semana eu tenho um churrasco, to trazendo uns amigos, vamos curtir um som na beira da piscina”. Ah, isso sim! Eles também não tão olhando muito o que aquilo está causando, de modo geral, dentro do bloco 0, a gente não tem compreensão da ação cármica, do resultado das ações cármicas. A gente não compreende a causalidade cármica. A gente faz as ações e pronto, aquilo não tem conseqüência.
Então isso é bloco 0, e a gente aspira que tudo dê certo. Ainda que a gente veja a história de vida dos nossos ancestrais diretos, tipo pai e mãe, aquilo nunca deu muito certo, com os avós também não deu muito certo, com os outros também não deu muito certo...mas a gente ta achando que aquilo é uma inabilidade dos que vieram antes, que se a gente der um jeitinho, com a nossa esperteza natural, tudo vai dar certo, com certeza. Então temos essa sensação de que nós vamos indo.
E também a gente se sente perfeitamente recompensado pelas alegrias usuais, do mundo. A gente tem algum progresso, melhora um pouco de vida, temos algumas aspirações que vamos obtendo aos poucos, e a gente acha que aquilo ta tudo bem. O Pierre Weil chama isso de “normose”, é uma doença da acomodação. A gente pode dizer que a normose é uma doença perigosa, ela ataca a biosfera, destrói o planeta. Então a gente vai seguindo normal, normal, normal, jogando lixo, cortando as florestas, bombeando água, tudo normal, todo mundo de bem. E causa uma devastação.”
—Lama Padma Santem

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Principais temas

Quatro pensamentos que transformam a mente (vida humana preciosa, impermanência, carma e sofrimento); refúgio;
roda da vida; seis reinos; transmigração; seis bardos; explicação dos seis blocos; devoção e linhagem; caminhos.

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Áudio dos ensinamentos de Lama Padma Santem no 3o dia do Retiro de Verão 2016, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)

Transcrição de um trecho do ensinamento

“Se não houvesse o guru, se não houvesse a lucidez primordial, não tinha caminho. Nem início, nem fim, nem resultado do caminho, não tinha nada. E naturalmente, quando se diz “Homenagem ao guru”, essa expressão já serve pra vários níveis.
Se a pessoa não tem uma compreensão do aspecto primordial, ela pega o aspecto sutil. Ela vê o guru e tem uma emoção. Se ela não tiver uma emoção, ela pega o aspecto grosseiro, ou seja, homenagem àquele ser estranho que está ali.
Mas o aspecto grosseiro do guru nem é o guru, do mesmo modo que as paredes não são o templo. Mas se a pessoa tem esse referencial, tudo bem. Se não for o guru vivo, pode ser o Buda ou algum outro mestre, e aí tem uma foto dele, uma imagem, alguma coisa grosseira que serve de base pra mente se posicionar.
Se a pessoa, por exemplo, olhando pra imagem de Buda no altar, começa a ver luzes na imagem, é melhor a pessoa se acalmar, tomar um copo de água fresca, dar uma volta, fazer alguma coisa assim, porque está passando um pouco do ponto. Então vocês não pensem que seguir pelo caminho grosseiro vai resolver. A gente começa a aumentar aquilo, aumentar, e isso vai dar problema, com certeza.
Ou seja, o ponto final nós já temos, a gente só ainda não descobriu. Então eu não preciso construir alguma coisa artificial. Mas tudo bem, nós vamos desenvolver essa conexão e seguir desse modo. Eu não entendendo como que é isso, então nós nos relacionamos com o guru como um médico. A gente tem um sintoma, vai até o médico e ele, a princípio, tem condição de nos ajudar, ele vê mais do que nós estamos vendo. Então esse é o aspecto grosseiro do guru.”
—Lama Padma Santem

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Principais temas

Guru yoga; método do caminho gradual: purificação e treinamento da mente (desenvolvimento de aptidões); Quatro (seis) pensamentos que transformam a mente; Homenagem ao guru, três aspectos; Vida humana preciosa; Vinda do Dalai Lama ao Brasil em 1992; Impermanência.

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FAQ

How many episodes does Podcasts do Lama Padma Samten have?

Podcasts do Lama Padma Samten currently has 10 episodes available.

What topics does Podcasts do Lama Padma Samten cover?

The podcast is about Buddha, Buddhism, Dharma, Religion & Spirituality and Podcasts.

What is the most popular episode on Podcasts do Lama Padma Samten?

The episode title 'A essência do treinamento: compaixão além das bolhas e identidades | Lama Padma Samten' is the most popular.

How often are episodes of Podcasts do Lama Padma Samten released?

Episodes of Podcasts do Lama Padma Samten are typically released every 4 days, 3 hours.

When was the first episode of Podcasts do Lama Padma Samten?

The first episode of Podcasts do Lama Padma Samten was released on Mar 16, 2016.

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