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Pergunta Simples

Pergunta Simples

Jorge Correia

O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.

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Goodpods has curated a list of the 10 best Pergunta Simples episodes, ranked by the number of listens and likes each episode have garnered from our listeners. If you are listening to Pergunta Simples for the first time, there's no better place to start than with one of these standout episodes. If you are a fan of the show, vote for your favorite Pergunta Simples episode by adding your comments to the episode page.

Pergunta Simples - Paula Rebelo | O que é notícia na saúde?
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05/31/23 • 53 min

O que é uma grande história de saúde na televisão? Este é o mote para falar de critérios editoriais, fator humano, tecnologia e esperança no futuro. Onde falámos da importância da saúde, das notícias mais interessantes e das pessoas que sabem muito da sua área de saber, mas precisam de treino para explicar coisas complexas ao grande público. O que é uma grande história? O que é uma grande notícia? Todos lemos nos jornais, ouvimos na rádio, vemos na televisão ou simplesmente acompanhamos nas redes sociais as notícias que fazem a chamada atualidade. Cada meio de comunicação tem a sua forma editorial de escolher e contar as notícias. Mas os critérios jornalísticos de base são sempre os mesmos. Manda a atualidade. A importância dos factos para a audiência. A proximidade. A importância das personagens do dia. E outros fatores que são sempre parte da escolha. Tem uma história emoção? Tem interesse humano? Tem boas imagens, bons sons ou fotografias que explicam tudo? E mesmo que uma história tenha tudo isto, a notícia de cada jornalista concorre dentro da colmeia da redação com outras propostas de notícia, com outros temas, com outros feitios de editores e diretores. Uma boa história pode pura simplesmente ficar no congelador se o governo caiu, se o Benfica for campeão, se houver uma tragédia súbita ou um notável morrer. E, algumas vezes, o fútil e acessório, come espaço às notícias que mexem verdadeiramente com a nossa vida. Ou então sou eu a achar que as notícias que assumo como sérias são mais importantes do que aquelas que nos distraem, fazer rir ou invejar as vidas mais leves que as nossas. Mesmo em temas importantes há grandes desequilíbrios nas coberturas noticiosas. Por exemplo, em qualquer redação há vários jornalistas a fazer política. Outros tantos a fazer economia. E ao mesmo nível há também múltiplos jornalistas a fazer desporto. Ou deveria dizer, futebol. O resultado é uma cobertura desproporcional destes temas em relação e outros também muito importantes: a educação, a saúde, o ambiente. Normalmente áreas sociais. E há outro desequilibro: nas notícias há muito, muito, muito Lisboa. E pouco país. Algum Porto. Quase nada Vila Real, Bragança, Viseu ou Évora. Ocasionalmente ouvimos as vozes da Madeira e dos Açores. Mas há demasiado centralismo. Nos temas também é assim. E no caso da saúde sobram uma dezena de jornalistas especialistas sérios a trabalhar um tema de grande importância para todos nós. E o tema saúde é claramente minoritário no menu das notícias do dia. Mesmo em tempos de pandemia ouvimos mais política sobre a pandemia do que saúde, epidemiologia, doentes, médicos. Embora a pandemia até foi um momento de aparente mudança de paradigma: à chuva dos tudólogos, que tudo comentam, de que tudo fingem sabem, juntou-se finalmente uma força de resistência pública e mediática de verdadeiros especialistas. E foi fácil ver a diferença entre a água e o vinho. Temas: 00:04:06 Vertente humana é essencial. 00:11:18 Simplificando histórias complexas 00:16:03 Ciência explicada com honestidade. 00:17:02 Partilha de conhecimento é essencial. 00:24:28 Comunicar durante a pandemia 00:29:28 Inovação no SNS 00:33:24 Flexibilidade e trabalho de equipa 00:39:32 Jornalismo foca no extraordinário. 00:46:37 Valorização da saúde é importante. 00:52:03 Importância do jornalismo crítico. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 00:00 Jorge Ora Vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Como funcionam as fábricas das notícias? Como escolhem os factos que merecem ser notícia ou jornalistas? Que critérios usam para incluir no telejornal o relato de factos ou a explicação de contextos? E na área da saúde? São os critérios os mesmos? Esta edição é sobre isso, sobre notícias da saúde, como se fazem notícias na área da saúde, sobre a maneira como se escolhem as notícias que são notícia,

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Pergunta Simples - Qual é o som perfeito? Manuel Faria
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11/01/23 • 61 min

Procuro o som perfeito. O som que nos inspira. Que nos faz sentir bem. Que nos envolve. Pode ser uma música, pode ser uma voz rica com o timbre mais bonito que ouvimos alguma vez. Pode ser o vento, a chuva ou o mar. Num mundo onde há bombas a cair, gritos de quem sofre ou silêncio de quem não sobreviveu, celebro os sons bons. Do choro da criança que nasce, da voz que se embarga de alegria, da música, do fado e folclore que nos explica esta coisa de ser português. Da voz que nos acalma na ansiedade ou nos incita para a próxima conquista. Este episódio é uma dança entre o silêncio e o som. De onde vem o som? Vem todo o lado. Vem ter connosco a todo o momento. Até estranhamos quando não vem de lado nenhum. Quando há o silêncio. A ausência de som. Que até nos pode incomodar. Que nos obriga a preencher esse vazio. Uma das técnicas de entrevista que sempre gostei de usar é a de guardar um par de segundos de silêncio quando pressinto que a pessoa com quem falo está prestes a dizer-me precisamente o era obrigatório dizer. O silêncio apenas criou espaço para isso. Depois há o som. Omnipresente. Vem de frente, de trás, dos lados, de baixo, de dentro de nós, da nossa garganta ou do centro do ouvido. O som imersivo. Que se poder recriar em estúdio usando uns curiosos microfones em forma de orelhas humanas. Para nos sentirmos ainda mais dentro do som. Som que pode pintar espaços com ambientes sonoros. Quem não se lembra do eco das salas grandes ou da surdez das casas com muitas alcatifas, ou cortinados pesados. Ou da vibração sonora no estádio de futebol. Do centro comercial em hora de ponta. Ou do cantor, à capela, nas ruas da cidade, ou no terreiro da aldeia, ao desafio, apenas com uma concertina. São tudo sons da nossa vida. E dentro deles o da voz humana. O mais belo instrumento. Atentem nos primeiros segundos à voz que vos apresento. É de Manuel Faria, um arquiteto do som. Um criador de ambientes sonoros. Façam silencio. Subam o volume. Este programa é para degustar. Então e quais são os sons da sua vida? Quais são os que preenchem a banda sonora da sua existência? Há uma música especial? Talvez aquela que tocada no mais mágico dos momentos. Ou será o marulhar das ondas do mar de verão? Ou da ventania da tempestade de inverno? E as vozes? De quem é a voz que guardam no momento em que vos disse algo ao ouvido. Daquelas vozes que parecem carregadas de eletricidade. Que dizem palavras com poder infinito de nos emocionarem. Pensem nisso. Liguem a essa pessoa, com a voz mais significativa do mundo e digam-lhe que gostam dela. Da voz e da pessoa. Se houver um pequeno silêncio a seguir, sorvam-no com lentidão. É um silêncio dos bons. Respirem fundo. Escutem atentamente. Permitam-se perder-se nas melodias que envolvem a sua vida. Existem sons que transcendem o tempo, que ecoam na trilha sonora da sua jornada. Existe uma canção especial? Talvez aquela que tocou no momento mais mágico da sua vida. Ou será o som das ondas num calmo mar de verão? Ou o vento furioso de uma tempestade de inverno? E as vozes? De quem é aquela voz que ainda ecoa nos seus ouvidos? Aquela voz que parece carregar uma eletricidade única, capaz de emocionar profundamente. Pensem nisso. Conectem-se com essa pessoa, com a voz mais significativa do mundo, e digam-lhe que a amam. Amem a voz e a pessoa. Se houver um breve silêncio depois disso, saboreiem-no com calma. É um silêncio que traz paz. CAPÍTULOS: [00:00:00] Abertura [00:01:21] Explorando o Universo do Som - Produção De Som E Áudio Imersivo [00:15:37] Desvendando os Mistérios do Som Binaural e a Música Cultural - Cantar E Dançar Na Cultura Ocidental [00:27:55] A Arte Sonora Descomplicada - Importância Da Voz E Técnica Na Música [00:44:05] Áudio Imersivo: Uma Viagem pelo Mundo do Som - Importância Do Call Center, Ruído Música,

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Pergunta Simples - Luís Campos | Como será o hospital do futuro?
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06/15/21 • 37 min

Como será o hospital do futuro? Nesta edição falamos de saúde.O segundo episódio de uma série de dois em que falámos da maneira com o sistema de saúde responde aos cidadãos.Como os ouve, como responde às suas necessidades.Aproveitando o fórum anual dos administradores hospitalares, vamos fazer um retrato do que temos e precisamos para uma saúde mais ajustada às nossas necessidades. Na primeira edição dessa série ouvimos Alexandre Lourenço.Hoje ouvimos Luís Campos, médico internista e pensador regular da forma como se deve organizar o SNS para melhor servir os cidadãos. Os hospitais estão no limiar iniciar uma verdadeira revolução na sua relação com os doentes.Criados para receber doentes em grandes edifícios, para responder em massa a doenças muito prevalentes e de tratamento agudo, tem agora novas necessidades para responder. Os doentes têm agora e cada vez mais doenças crónicas. Não uma, mas várias doenças.As doenças agudas são tratadas rapidamente e o doente volta à sua casa. E pode precisar de apoio. Muitas das cirurgias, exames e procedimentos já se fazem em ambulatório. E agora vem aí a revolução digital.Caminho certo para o desenvolvimento da telemedicina. Mas por outro lado, e a ciência diz-nos isso, muitas doenças são afinal um sintoma de uma sociedade que se cuida pouco. Se previne pouco. Que se deixa ir. Num país um índice de pobreza muito alto, num país rico, mas com pobres.As repostas têm de ser encontradas mais que em hospitais.É na comunidade, no centro de saúde ou no lar, na farmácia local.E de preferência em casa, com qualidade e humanidade
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Pergunta Simples - Sandro Cavallote : Como funciona a psicanálise?
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04/26/23 • 44 min

Hoje vamos todos para o divã. O divã onde se deitam os que aceitam ser analisados a fazer psicanálise. Estão prontos? Mesmo que não queiram deitar-se no divã, pelo menos sentem-se confortavelmente e escutem com atenção. Freud explica. Esta promessa é francamente exagerada. Mas gosto da expressão: Freud explica. Nela podemos ler o momento preciso em que dizemos algo que não queríamos assumir. O lapso freudiano. Mas também a promessa de que o psicanalista Sigmund Freud tinha todas as respostas a todas as neuras humanas. Não é verdade, mas o mito insiste em existir. Desde Freud muitos outros psicanalistas e psicoterapeutas reinventam o procedo da cura pela arte da palavra. Na forma mais clássica o paciente, cada um de nós, deita-se no divã e confessa todas as suas angústias e desejos ao psicoterapeuta que o escuta na cabeceira deste leito onde se tenta reorganizar o mundo em convulsão. Para tentar perceber este mistério da cura pela palavra, da cura pela fala, pela psicoterapia, viajei até ao Brasil. Para ouvir da voz de Sandro Cavallote a maneira como tudo acontece no seu consultório. Dos desejos às frustrações. Do querer agradar a todo o mundo até à coragem de dizer não. Descobri Sandro Cavallote através do seu podcast ‘Comunicação & Psicanálise”, onde descreve em pormenor como é a sua vida profissional. Quase me parece que este ‘podcast’ é também uma forma de ele se curar falando da sua vida. Vale começar pelo princípio.§ Venha comigo. Vamos saber tudo o que se passa numa sessão de terapia. Entre, feche a porta e ouça a explicação de Sandro Cavallote Enfrentar medos, traumas e desejos reprimidos não é fácil. A tentação de acusar os outros pelas suas próprias dores ou falta de iniciativa é grande. É isso que dificulta o processo de cura pela arte da fala. Implica assumir que só há um responsável pelo escrita da vida: cada um de nós. Sim, claro que há expectativas, sonhos e frustrações. Mas principalmente um impulso de agradar aos outros ou ter ideias que desfocam a realidade. A cura pela palavra é afinal um caminho guiado por um técnico, mas onde o mapa é o seu. Preparados para a mágica viagem interior? E para a viagem chamada vida? RESUMO Neste episódio do "Pergunta Simples", falámos sobre o tema da análise psíquica e contemporânea, com foco na psicanálise e na terapia pela fala. O objetivo é esclarecer dúvidas sobre o assunto e desmistificar alguns mitos em torno da figura de Sigmund Freud e da psicanálise em geral. O psicanalista Sandro Cavallote é o entrevistado e explica como funciona a psicanálise e como a terapia pode ajudar indivíduos a lidar com seus traumas e emoções passadas.Também discutimos a importância do auto-cuidado e aprendizagem contínua para psicanalistas e pacientes. O episódio encoraja os ouvintes a explorar os benefícios da terapia e a entender que a busca de ajuda é um sinal de força e não de fraqueza. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Jorge (00:00:13) - viva um vindos ao pergunta simples o vosso públicas sobre comunicação. Hoje vamos todos para o viva. Não pode ver para dormir, Vamos para viver onde se deitam. Os que aceitam ser analisados e fazer psicanálise estão prontos, mesmo que não queiram deitar, Se tiver, pelo menos sentem se confortavelmente. Discutem com atenção. Se quiserem, fiquem só espreitar pelo buraco da fechadura. Nesse caso, a prova tempo para subscrever a pergunta Sempre nosso pode vai no google ou na ápoca ou em qualquer outra plataforma que prefiram envie este episódio alguém que tem curiosidade de saber tudo sobre a análise psíquica e contemporânea e não foi, nem sempre explica tudo. Freud explica Esta promessa é francamente exagerada, mas eu gosto da expressão fraude, explica. Nela podemos ler o momento preciso em que dizemos algo que não queríamos assumir um lapso freudiano. Pois claro, mas também a promessa de que o psicanalista Sigmund Freud tinha todas as respostas a todas as neuras...
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Esta semana navegamos no mar da política, da maneira como tomamos decisões e dos clubes do poder. Um mergulho na maneira como escolhemos os nossos líderes e como tomam eles as melhores ou piores decisões. Tudo num palco mediático gigante, com julgamentos ao minuto nas redes sociais e frases ditas para criar agenda ou espalhafato. O mágico momento em que a política, a comunicação e povo de encontram na praça pública para definir o futuro. Sim, falámos de saúde. Claro que falamos de saúde. E sim, falámos de política. Mas falamos principalmente da maneira como decidimos fazer as coisas. Como levamos o mundo para a frente ou jogamos para o empate. É um diálogo sobre liderança. Sobre grandes ideias congeladas por falta de dinheiro ou ideias desastrosas levadas avante por causa de agendas políticas, ou egos gigantes. Esta conversa dura há vários anos. Adalberto Campos Fernandes e eu falamos destas coisas há muito tempo. Sem microfones. Sem gravador. Apenas pelo gozo de interpretar, especular e medir a temperatura dos verdadeiros donos disto tudo. Antes dele ser ministro, depois dele ser ministro. Durante o tempo em que, também ele foi, à sua maneira, um dono disto tudo. Teve ideias, formou equipas, tomou decisões. Foi elogiado e metaforicamente espancado no palco político. No campo da saúde, todos os ministros e ministras podem fazer o melhor trabalho do mundo durante meses, mas estão sempre na linha de risco da popularidade medida nas sondagens. O doente que não teve consulta. Que não consegue a cirurgia. A ambulância que não chegou. O hospital que não respondeu. Em dezenas de milhões de atos em saúde, em todo o país, 24 horas por dia, 365 dias por anos, há sempre algo que não correu bem. E basta um momento para que o Primeiro-ministro decida refrescar a equipa, remodelar, repensar, dar um novo rumo. Até ao próximo acaso ou tempestade real, ou mediática. A saúde é demasiado importante e por isso a nossa exigência é máxima. Quis por isso, nesta semana do dia mundial da saúde, mergulhar na maneira como se tomam decisões políticas neste campo. Mas não só. Quis saber como funcionam os clubes do poder. As escolhas, as pessoas, as dinâmicas. Saber quem e como se tomam as decisões que mexem na nossa vida. Siga o pensamento de Adalberto Campos Fernandes aqui. https://vimeo.com/813371246/8a0044605f
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Pergunta Simples - Márcia Tiburi | Como pensar um mundo novo?
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03/22/23 • 37 min

Hoje é tempo de falar de filosofia. Isso mesmo: de usar a cabeça e pensar sobre a maneira como pensamos. O que nem sempre acontece. E por isso importa saber por quê. Afinal a mais difícil das perguntas: o porquê das coisas. A convidada é Marcia Tiburi, filósofa, professora e artista plástica brasileira. Ela desafia-nos a ter um pensamento mais progressivo e aberto sobre o mundo em que vivemos. E a sua forma apaixonada e frontal valeu-lhe ameaças de morte e uma fuga para a Europa em busca de um lugar mais seguro para pensar. O pensamento subjetivo é uma das maiores armas do diálogo democrático. Cada um pode pensar e partilhar o que pensa. E esse pensamento tem pelo menos duas avenidas: A primeira é aquilo a que gosto de chamar o pensamento especulativo. A segunda é um pensamento mais operacional. No meu desenho mental, o pensamento especulativo são aquelas reflexões que o pensamento faz sobre si próprio. Porque pensamos da maneira como pensamos? O que nos levou a este caminho? É legítimo ou ético pensar isto desta forma? Na avenida do pensamento operacional vem a resposta à pergunta “e se?...” E se eu fizesse assim? E se eu fosse por aqui ou por ali? Uma forma de pensamento que nos devolve a capacidade de decidir quem somos e o que queremos ser ou fazer? É uma forma de autoconsciência. Ora, toda a conversa com Márcia Tiburi é sobre isto. Sobre as razões que nos levam conscientemente a autodeterminar-mo-nos. A dizer o que somos e como somos. Ao invés de aceitar as etiquetas que nos colam à pele. Entre o ruído do mundo moderno há que parar para pensar. Pensar no pensamento e pensar no que somos, queremos e fazemos. E alguns grupos mais progressistas já o fazem de uma forma mais sistemática e desafiante em relação ao status quo. Quem tem poder normalmente não gosta muito destes desafios porque eles representam a capacidade de perguntar e principalmente de decidir a resposta certa. O mundo novo tem uma fórmula de pensamento muito própria. Onde os conceitos da ecologia, da igualdade e de uma justiça mais ampla tem um peso maior do que os caminhos do mundo antigo. A cooperação entre seres humanos para uma nova plataforma de bem comum está de alguma maneira já a sussurrar nas novas formas de dizer. Seja nas palavras, seja nos atos. Mas há uma batalha surda em curso: entre anestesia social e a pulsão do grito de revolta. Estaremos nós a entender o que está a acontecer? https://vimeo.com/809908646/7bc7a3ebc3
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Pergunta Simples - Márcio Barcelos | Como fazer um bom podcast?
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02/01/23 • 50 min

Hoje é dia de falar de conteúdo. Pode ser recheio. Pode ser enchimento. Pode ser narrativa. Podem ser boas histórias. No fundo, conteúdo é uma expressão da gíria da comunicação que quer dizer o que se diz, faz, pinta, fotografa, relata, escreve ou filma. O conteúdo é a mais importante parte de um qualquer programa ou evento. Gosto de lhe chamar “carninha para o assador”. Tenho um amigo que se refere às longas horas em que é preciso inventar, literalmente, conteúdo para ocupar tempos de televisão ou rádio com a expressão “há que alimentar o cavalo”. Entenda-se falar, falar, falar. Ocupar espaço em antena. No fundo, conteúdo é a base. E esse conteúdo tem depois uma forma. Escrevemos um livro ou fazemos um programa de televisão? Fazemos uma foto ou pintamos um quadro? Este programa pode parecer um episódio sobre ‘podcasts’. Mas é, de facto, uma conversa sobre como criar e alimentar a comunidade com bons conteúdos. Neste caso, conteúdos para serem ouvidos. Por exemplo, os ‘podcasts’ são uma forma nova de fazer rádio? Ou uma maneira de juntar pessoas que se interessam pelo mesmo tema de conversa? Estas duas perguntas navegam na conversa que mantive com Márcio Barcelos. Ele desenvolveu durante os últimos cinco anos um Festival chamado Podes. A sua vertente mais conhecida culmina na atribuição de prémios aos melhores ‘podcasts’ portugueses. São 15 categorias para os 15 melhores ‘podcasts’ portugueses, por votação de um júri independente e numa das categorias, pelo público. Por exemplo, o prémio do melhor ‘podcast’ do ano foi atribuído ao 45 graus de José Maria Pimentel. O tema dos ‘podcasts’ é um pretexto para falarmos de criação de conteúdos, de discussão pública e do sentido de comunidade. Nesta edição passamos pelos melhores entre os melhores mas também por programas com menos qualidade. Ou qualidade de som, ou, pior ainda, falta de bom conteúdo. Por isso e desde já arrumamos esses programas sem bom som nem boa palavra. Sobrando a pergunta: como se faz um bom programa? Um bom ‘podcast’. Os bons programas ficam sempre na memória. Porque são bons. Porque nos disseram algo que nos marcou. Porque quando estivemos a partilhar um bom conteúdo sentimos-nos especiais. É que para conseguir oferecer essa sensação alguém pensou entregou algo bom para o nosso ouvido. Para o nosso cérebro. Para o nosso coração. Festival Podes - Melhores podcasts 2023 Podcast do Ano: 45 Graus Narrativa: Noite sangrenta Ciência, tecnologia e educação: 110 Histórias | 110 ObjetosNarrativa: Noite SangrentaEntrevista: Humor à Primeira vistaLifestyle: Cartão de Embarque:o podcast de todos os destinosRádio: Fala com ElaJogos e Passatempos: SupermegabitHumor: Duas Pessoas a conversarDesporto: MatraquilhosPolítica, Economia e Informação: 45 GrausCinema e Televisão: In VitroQuestões Sociais: O Ar é de TodosArte e Cultura: PBXPrémio Vozes: Um Género de ConversaPrémio do Público: IncompletaMente https://vimeo.com/794421643
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Pergunta Simples - João Goulão | As drogas têm uma linguagem?
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02/08/23 • 63 min

Nesta edição falamos das drogas que dão prazer, que anestesiam angústias ou que destroem vidas e famílias. As vozes sobre as drogas e o seu uso vão da exclusão proibicionista até à liberalização radical. E dessa contradição insanável entre o risco e a liberdade. Entre o prazer e a morte. Do consumidor recreativo ao traficante da rede de crime organizado. Num Portugal onde 1% da população chegou a ser dependente de drogas como a heroína. A somar às clássicas dependências do álcool e tabaco. As drogas são um dos temas a que dediquei uma parte da minha vida. Como observador, como perguntador profissional e como narrador de uma realidade que chegou a atingir grande parte das famílias portuguesas. A droga causa de mil sofrimentos. E de mil prazeres. Essa contradição cria uma tensão social, psicológica, humana. E isso expressa-se na linguagem. Nos rótulos. Nos preconceitos que cada um cola nas realidades para assim facilitar o processo de entendimento de realidades complexas. O fenómeno da toxicodependência tem todos esses matizes. Do slogan antigo “Droga, loucura e morte” do livro da minha adolescência “Os filhos da droga - Cristian F.” Até à proximidade com o fenómeno na escola secundária. Do mais inocente cigarro atrás do pavilhão desportivo a dramáticas histórias de amigos que acabaram no caminho da toxicodependência pesada. Da heroína injetada, da cocaína e das mil drogas sintéticas. E a sociedade reagiu como em tudo o mundo: ora a isolar os toxicodependentes como culpados de todos os males do mundo; ora a acolhê-los como doentes para os ajudar. É que as famílias descobriram rapidamente que os toxicodependentes não eram uns alienígenas marginais, mas sim os seus próprios filhos. É nessa linha que Portugal inventou uma fórmula de sucesso: redução de riscos, prevenção dos consumos e recuperação de pessoas. Descriminalizar sem despenalizar. Combater o tráfico, mas ver o toxicodependente como um doente crónico. É esse olhar que trago hoje aqui pela voz de João Goulão, médico de família e face da equipa que tornou Portugal único a responder a um problema complexo. Afinal, porque as drogas dão prazer e matam. O tempo é de reconstrução da estratégia de resposta à toxicodependência. Suspeito que com o agravar da crise económica o fenómeno do consumo das drogas terá um aumento significativo nos próximos anos. As crises criam desamparo e a algumas drogas oferecem anestesia para as dores de alma. É um caminho curto para se ficar dependente. Com um preço social e humano relevante. https://vimeo.com/796749849
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Pergunta Simples - Pergunta Simples

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05/08/20 • 2 min

O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.
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Pergunta Simples - Como aprendemos? Paula Marques
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05/08/24 • 54 min

As perguntas e as respostas fazem parte da nossa vida. E são o motor fundamental para aprendermos coisas novas. Esta edição é sobre os talentos que precisamos de ter para enfrentar o mundo onde nenhuma resposta explica tudo e todas as perguntas valem muito mais que essas respostas. Afinal como aprendemos coisas novas? A nossa maneira de aprender é um dos tópicos que mais investigação tem merecido nos últimos anos. E com o advento do mundo volátil e sem certezas absolutas a única coisa certa é que precisamos de aprender sempre. Todos os dias. De forma contínua. Mas não foi sempre assim? Provavelmente sim. Mas agora o tema parece ter-se tornado um mantra das organizações e grupos mais inovadores. TÓPICOS & TEMPOS (00:00:00) - (00:03:42) - Introdução e Importância da Aprendizagem Contínua Jorge Correia apresenta o ‘podcast’, focando na relevância do aprendizado contínuo num mundo incerto. Paula Marques é introduzida como especialista em novas formas de trabalho. (00:03:42) - (00:07:24) - O Futuro do Trabalho e a Liderança Discussão sobre o futuro do trabalho, enfatizando a necessidade de líderes que valorizam perguntas em vez de respostas rápidas. (00:07:24) - (00:11:06) - Transformações no Trabalho Análise das mudanças no ambiente de trabalho e como as organizações estão se adaptando para enfrentar novos desafios num contexto global volátil. (00:11:06) - (00:14:48) - Identidade e Trabalho Reflexão sobre a ligação entre trabalho e identidade pessoal, e o impacto da reforma nessa relação. (00:14:48) - (00:18:30) - Tecnologia e Desemprego Exploração do impacto da automação e tecnologia nos empregos e a necessidade de requalificação dos trabalhadores. (00:18:30) - (00:22:12) - Educação e Preparação para o Futuro Discussão sobre como o sistema educativo pode preparar melhor os jovens para um mercado de trabalho em transformação. (00:22:12) - (00:25:54) - Desafios para a Juventude Análise dos desafios que os jovens enfrentam ao escolher carreiras e como alinhar as suas paixões com as oportunidades de mercado. (00:25:54) - (00:29:36) - O Papel das Perguntas no Desenvolvimento Profissional Debate sobre a importância de fazer perguntas certas para o desenvolvimento profissional e pessoal num contexto de rápidas mudanças. (00:29:36) - (00:33:18) - Impacto da Cultura Organizacional na Inovação Análise de como a cultura organizacional afeta a inovação das empresas e a importância de cultivar uma cultura que valorize a curiosidade e aprendizagem contínua. (00:33:18) - (00:37:00) - Conclusão e Reflexões Finais Quis aprofundar o tema com Paula Marques uma investigadora da Nova SBE com a missão de investigar as formas de trabalho do futuro. E de treinar os melhores líderes a fazer mais perguntas do que a dar respostas na ponta da língua. Mas acima de tudo este episódio é uma navegação sem bússola nem mapa ao futuro do mundo. Talvez a única fórmula com uma promessa de resposta é o uso intensivo das perguntas. E eu a pensar aqui para os meu botões: “tu queres ver que eu afinal ainda tenho futuro com o perguntador?” Venham daí. Oiçam, subscrevam, comentem. Façam perguntas. Todas as perguntas do mundo. Se houvesse uma partícula de deus da curiosidade infinita teríamos todo um mudo melhor. Nessa partícula das perguntas, do que querer saber, estaria a nossa forma eterna de aprender. No meu imaginário a partícula dos perguntadores criaria aquela centelha de brilho no olhar das crianças quando descobrem uma coisa nova. E tu, ai desse lado, no conforto da escuta, já perguntaste algo, hoje, que exija uma nova e criativa resposta? Então vai. Vai perguntar. É mágico e funciona. Até para quem tem todas as respostas. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA 00:00:13:14 - 00:00:37:18 Jorge Correia Bem vindos ao Perguntas Simples a vosso podcasts sobre comunicação.
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FAQ

How many episodes does Pergunta Simples have?

Pergunta Simples currently has 193 episodes available.

What topics does Pergunta Simples cover?

The podcast is about News, News Commentary, Podcasts, Social Sciences and Science.

What is the most popular episode on Pergunta Simples?

The episode title 'Paula Rebelo | O que é notícia na saúde?' is the most popular.

What is the average episode length on Pergunta Simples?

The average episode length on Pergunta Simples is 51 minutes.

How often are episodes of Pergunta Simples released?

Episodes of Pergunta Simples are typically released every 7 days.

When was the first episode of Pergunta Simples?

The first episode of Pergunta Simples was released on May 8, 2020.

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