Conversa de amigos com Pe. Tony Batista

Amanhã, 22 de julho, a Igreja celebra a festa de santa Maria Madalena. Magdala é uma aldeia situada na margem ocidental do lago de Genezaré, na Galileia, é a terra natal de Maria, denominada propriamente de Madalena, que se distingue totalmente da outra Maria, a de Betânia, irmã de Lázaro e Marta. Maria Madalena é a fiel discípula que segue o mestre, da Galileia à Judeia. É ainda ela quem está ao lado de Maria, a Mãe de Jesus, junto à cruz, compartilhando as dores da crucificação e a morte do Senhor.

A grande importância de Maria está no fato de ser ela totalmente aberta para Deus, e não em ser simplesmente a mãe biológica de Jesus. As poucas

referências evangélicas a respeito dela frisam essa dimensão da sua linda identidade. Ela é a primeira discípula (por antecipação), cuja fidelidade lhe valeu a graça da escolha para ser mãe do Salvador.

“Nestes tempos de violência, onde o medo nos incomoda a todos, onde os aparatos de segurança nos aprisiona, como se fossemos inimigos uns dos outros, precisamos pensar na mansidão, fazer opção por sermos mansos, procurando superar a estreiteza da vingança, da competição esquinha, da intolerância e lutarmos por um novo céu e uma nova terra”.

As Escrituras mostram-nos, muitas vezes, o rosto de Deus no rosto de uma mulher, da mãe. O próprio Jesus usa dessa figura, quando contempla Jerusalém rebelde, que não acolhe seus filhos nem escuta os apelos de Deus. Ele se compara à mãe zelosa que acolhe seus filhos como a galinha acolhe seus pintinhos debaixo das suas asas.

Somos chamados a viver a alegria, sempre. Não me refiro a certa “alegria” barulhenta, cheia de alardes, de quem faz o papel de “bobo da corte” ou mesmo do alienado, dos indiferentes. Refiro-me à alegria serena de quem vive e confia em Deus.