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45 Graus

45 Graus

José Maria Pimentel

O 45 Graus é um podcast para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel - economista, professor universitário e curioso por natureza - conversa sobre os grandes temas (e não só) com especialistas e pessoas cujas ideias vale a pena ouvir.

São conversas sem pressa, às vezes profundas, mas sempre descontraídas. Novos episódios a cada duas semanas, sempre à quarta-feira.

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Melhores episódios

Top 10 Episódios de 45 Graus

O Goodpods selecionou uma lista dos 10 melhores episódios de 45 Graus, classificados pelo número de audições e curtidas que cada episódio recebeu de nossos ouvintes. Se você está ouvindo 45 Graus pela primeira vez, não há lugar melhor para começar do que com um desses episódios de destaque. Se você é fã do programa, vote no seu episódio favorito de 45 Graus adicionando seus comentários à página do episódio.

Veja também em vídeo no Youtube.

Ana Estanqueiro é investigadora do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia), onde coordena a área de Integração de Sistemas Renováveis de Energia, e é professora convidada na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde lecciona as disciplinas Energia Eólica e Redes Distribuição de Energia. É autora de mais de 200 artigos em revistas científicas e conferências, e é das pessoas que mais sabem de renováveis, especialmente eólica, e sistemas de energia em Portugal..

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Índice

(0:00) Introdução

(5:47) Como está a correr a Transição Energética a nível mundial?

(13:00) Energia hídrica | Solar de concentração | O caso do Brasil | Impacto ambiental da hídrica

(23:04) Os “maus alunos”: Rússia, África do Sul, Índia. | O caso da China | Custo das renováveis vs outras

(28:32) Como funciona a energia eólica | Gerador eléctrico - Lei de Faraday | Lei de Betz e o limite das turbinas eólicas

(35:40) Solar fotovoltaico | Lei de Moore | O risco da dependência da China. Relatório Draghi | Mercado de certificados verdes

(47:43) Solar vs eólica | O que o perfil de consumo energético de Portugal diz sobre a nossa economia | Centrais híbridas

(1:02:04) O desafio do armazenamento | Dunkelflaute | Baterias ox-redox | Hidrogénio verde

(1:12:16) Impacto ambiental das renováveis | Turbinas usadas

(1:15:52) Desafios de integrar as renováveis variáveis no tempo no sistema eléctrico | A Península Ibérica enquanto “ilha eléctrica”. Mercado europeu

(1:26:21) Como está Portugal na transição energética, vamos conseguir atingir 85% de renováveis em 2030? | Gestão de consumo

(1:30:59) E a energia nuclear? | Diagrama de cargas | Green deal não inclui nuclear. |

(1:40:41) A nível global, quanto é que as Renováveis ainda conseguem crescer mais; vamos conseguir a Transição Energética apenas com elas? Declarações de Jean-Marc Jancovici | Eólica offshore | Desafio de alterar os mercados da energia para incorporar renováveis (projecto TradeRes).

Livro recomendado: "Renewable and Efficient Electric Power Systems", de Kevin F. Hsu e Gilbert M. Masters

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Como prometido, aqui vai mais um episódio da série sobre a Transição Climática.. Já faltava um episódio dedicado às energias renováveis, especificamente as chamadas “renováveis variáveis no tempo”, que incluem a solar e a eólica.

Hoje parece que não há dia em que não se fale de transição energética e de renováveis, mas tenho impressão que a maioria de nós não tem bem noção do ponto em que estamos, e em que medida é que a solar e a eólica vão ser capazes, por si só, de assegurar a Transição Energética.

Es...

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O 45 Graus está de férias; por isso, não há episódios novos. É uma boa altura para re-publicar alguns dos melhores episódios das últimas temporadas (os mais ouvidos e que mais feedback tiveram dos ouvintes). Esta 1a parte da conversa com Desidério Murcho é um episódio já com quase 4 anos, mas é ainda um dos que os ouvintes mais me falam. E com boa razão: foi dos episódios do 45 Graus que mais me marcaram e inspirou alguns conteúdos dos workshops de Pensamento Crítico. A quem não teve oportunidade de ouvir na altura, espero que gostem — e não deixem de ouvir também a 2a parte desta conversa. Até breve.

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Inscreva-se aqui nos workshops de Pensamento Crítico, módulo "Desinformação e Números que Enganam: em Lisboa, Porto e Online

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Desidério Murcho (1965) estudou Filosofia na Universidade de Lisboa e depois no King’s College de Londres. É professor na Universidade Federal de Ouro Preto desde 2007. Autor de Filosofia em Directo (2011), um êxito editorial com mais de 21 mil exemplares vendidos, Sete Ideias Filosóficas que Toda a Gente Deveria Conhecer (2011), Pensar Outra Vez (2006), O Lugar da Lógica na Filosofia (2003) e Essencialismo Naturalizado (2002). Coautor dos livros Janelas para a Filosofia (2014), 50 Lições de Filosofia (2012-2013), entre outros, e organizador dos livros A Ética da Crença (2010), Viver para Quê? (2009) e Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos (2006), Desidério Murcho participa habitualmente em congressos e conferências internacionais.

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Índice da conversa:

(0:00) Introdução

(1:44) Porque é importante todos sabermos de lógica? Livro do convidado: Lógica Elementar

(10:08) A História da Lógica ao longo dos séculos: Lógica dedutiva aristotélica, Lógica dos estoicos, Matematização da lógica a partir do sec XIX

(17:27) O que é a Validade de um raciocínio

(18:50) A Revolução Científica e a vitória do raciocínio indutivo sobre o dedutivo. David Hume. O Problema da Indução | Robin George Collingwood | Enciclopédia de Diderot | O debate na Filosofia entre Racionalismo vs Empirismo | David Hume | Idealismo Hegeliano

(30:33) Diferença entre raciocínio dedutivo e indutivo. | A desorganização inerente à linguagem e a dependência do contexto. A incerteza subjacente à indução

(39:33) O Teorema de Bayes: por que nos é útil para fazer previsões e compreender o mundo

(48:41) Limites da dedução -- e por que não há uma lógica universal? | Thomas Kuhn

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Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rêgo

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Dale B. Martin is a New Testament scholar and historian of Christianity, currently Woolsey Professor Emeritus of Religious Studies at Yale University. Professor Martin specializes in New Testament and Christian Origins, including attention to social and cultural history of the Greco-Roman world.

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Index:

(0:00) Introduction in Portuguese

(5:57) [Beginning of the conversation] How an historian studies the Bible and early Christianity (Historical criticism). | Gospel of Thomas. | Q source

(21:36) How separate true from fiction in the gospels? Criteria: multiple attestation, dissimilarity (see also this book)

Jesus saying in all four gospels that “a prophet has no honor in his own country” [e.g. Mark 3:33-35: «Who are my mother and my brothers?” he asked. Then he looked at those seated in a circle around him and said, “Here are my mother and my brothers! Whoever does God’s will is my brother and sister and mother.»

How Christianity changed Jesus from being the «Son of Man» (Mark) to becoming «God the Son, the second Person in the Trinity | Council of Nicea |

A puzzling passage in the Bible - Mark 14:51: “A young man, wearing nothing but a linen garment, was following Jesus. When they seized him, he fled naked, leaving his garment behind.»

(32:14) The historical Jesus. Was Jesus literate? Archeological findings in Nazareth. Miracles and the resurrection. | Science vs myth | Similarities between Asclepius and Christ.

(49:24) What did really Jesus believe in? How Jesus was influenced by the Book of Isaiah. And Jeremiah. |

The puzzle of Jesus’s speech in the Sermon on the Mount in Mathew 5

(1:05:25) The message of Paul the Apostle (St Paul). | The role of James (Jesus's brother). | The role of Mary.

(1:12:43) How the Christian message on death evolved from the resurrection of the body to the resurrection of the soul.

Book recommendation: Demon Copperhead by Barbara Kingsolver

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O convidado deste episódio é Dale Martin, professor na Universidade de Yale, e tem uma especialidade académica tão incomum no nosso país que nem temos (que eu saiba) uma expressão corrente para ela. O convidado é aquilo a que em inglês se designa por “New Testament scholar” -- ou seja, um investigador que se decida ao estudo histórico do Novo Testamento e das origens do Cristianismo, combinando análises histórica, cultural e linguística.

Dale Martin tem uma longa carreira de investigador sobre o Novo Testamento, com vários livros publicados. E podem encontrar também no Youtube os vídeos de uma cadeira sua dada em Yale sobre precisamente a História do Novo Testamento e do Cristianismo. E foi precisamente com essa cadeira que esta conversa surgiu. As ditas aulas -- a leitura da Bíblia -- deixaram-me com muitas dúvidas que não tinha a quem perguntar, por isso decidi que estava na altura trazer Dale Martin ao 45 Graus.

Foi, como vão ver, uma conversa fascinante, em que falámos da Bíblia, da figura de Jesus e do Mundo antigo em que Jesus e os primeiros cristãos viveram. O convidado, além disso, tem uma perspectiva interessante, porque, embora seja um historiador de pleno direito, que fala dos textos cristãos com uma frieza implacável quando usa o chapéu de historiador, é também crente, o que é uma combinação invulgar neste meio dos estudos bíblicos, onde, normalmente, sobretudo nos Estados Unidos, há uma espécie de diálogo de surdos entre teólogos e historiadores agnósticos.

Nesta conversa -- porque...

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Reflexão muito pessoal sobre as eleições do próximo domingo. Partilhem comigo também as vossas opiniões, para o email [email protected] ou através das redes do podcast.

Curso de Literacia Política (Life MBA): lifemba.com/politica

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45 Graus - Bónus: AMA - Perguntas dos Ouvintes
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07/31/24 • 37 min

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Inscreva-se aqui nas sessões de setembro e outubro dos workshops de Pensamento Crítico, módulo "Desinformação e Números que Enganam.

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Está de volta o «45 Graus Xpress», disponível em qualquer aplicação de podcasts. O 45 Graus Xpress é uma versão 'shot' do 45 Graus, ideal para recomendarem àqueles amigos que se interessam pelos temas abordados no podcast, mas não têm tempo para ouvir os episódios completos. Em cada episódio do Xpress, vão encontrar um momento especialmente interessante das conversas publicadas originalmente no 45 Graus.

Luísa Lopes é neurocientista e dedica-se ao estudo dos mecanismos que causam o envelhecimento cognitivo precoce, em particular ao nível da memória. A convidada é actualmente coordenadora do grupo de investigação em “neurobiologia do envelhecimento e doença” no Instituto de Medicina Molecular e Professora Convidada na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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Professor de Economia na Universidade do Minho, doutorado em Economia pela Cornell University, investigação nas áreas da macroeconomia e da economia política. Colunista regular na imprensa, actualmente no Expresso.

-> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar

Este episódio é, de certa forma, duas conversas numa só.

A primeira parte foi mais típica; falámos sobre alguma da investigação mais marcante do convidado nos últimos anos, que até é mais na área da ciência política. Por exemplo, o efeito de diferentes tipos de quóruns em referendos ou a interação entre o desempenho da economia e a justiça procedimental enquanto determinantes do voto nos governos incumbentes. Podem parecer temas algo áridos, mas garanto que as conclusões são bem interessantes. Estes papers foram feitos, aliás, em conjunto com Pedro Magalhães, que foi convidado logo no episódio seis do podcast.

A segunda parte da conversa, isoladamente, podia ser um dos episódios da série Orientações Políticas que tenho gravado com diferentes convidados. Falámos sobre a visão do Luís, que se descreve como um ‘liberal de esquerda’, uma combinação invulgar que talvez explique porque é que consegue o feito raro de ter leitores de simpatias políticas muito diferentes. Isso e, talvez, o facto de não cair no perfil típico de muitos colunistas da nossa praça -- mesmo alguns dos mais persuasivos -- que apenas escrevem artigos de esquerda, ou de direita, ou contra o PS ou a defender o governo; isto é, apenas escrevem para a sua tribo, e tipicamente de uma posição moralmente superior. Esta segunda parte foi, por isso, muito mais uma discussão de ideias, sem um guião pré-definido. Falámos de temas tão diferentes como o salário mínimo e a flexibilidade do mercado de trabalho, as dificuldades do cronista regular de jornal e, a minha parte preferida da conversa, a importância da educação, e o modo como ajuda a explicar, mais ainda do que podemos achar, o atraso relativo do país.

Índice da conversa:

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45 Graus - Curso de Pensamento Crítico
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02/05/25 • 3 min

Mais informações e inscrições em bit.ly/cursopcritic

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Ricardo Paes Mamede é professor de Economia Política na Escola de Ciências Sociais e Humanas do ISCTE. Para além disso, é membro do Conselho Económico e Social, um dos autores do blog Ladrões de Bicicletas, autor de livros sobre economia - o mais recente dos quais ‘A Economia Como Desporto de Combate’ - e é, desde há alguns anos, comentador regular na televisão.

O convidado é dos economistas portugueses mais reputados e um caso particular, porque não só não evita como assume abertamente transmitir a visão de um “economista de esquerda”. Aliás, confesso que o meu objectivo até era ter uma conversa mais sobre a economia enquanto ciência, mas rapidamente a economia política tomou conta da conversa.

Como é hábito no 45o, tocámos numa série de assuntos.

  1. Começámos por discutir a visão do convidado em relação às limitações da ciência económica. Desde logo, do currículo que é dado nos cursos da faculdade, mas também da própria investigação que é feita. E o Ricardo faz observações muito relevantes a este respeito. Por um lado, nota que as verdades em economia, quando as conseguimos encontrar, são sempre específicas a um tempo e espaço (e não gerais, portanto). Por outro, argumenta que as conclusões da investigação são sempre influenciadas pelos valores de quem investiga, até na escolha dos indicadores que se privilegia quando se avalia uma realidade económica que é, sempre, ultra-complexa, com efeitos de ordem diferente e desfasados no tempo. Dito isto, embora partilhe de alguma dessa embirração, não concordo, como já vou explicar, que em economia tudo seja relativizável.
  2. Seguidamente, a conversa levou-nos a muitos dos debates centrais da Economia Política, como: Keynes e contexto histórico do keynesianismo; a história do capitalismo, o neoliberalismo (na definição particular do convidado), o papel explicativo da qualidade das instituições, para lá de políticas de esquerda ou direita, sobre a prosperidade económica dos países e ainda o caso específico do modelo económico das chamadas sociais-democracias escandinavas (que combinam uma economia capitalista competitiva com um Estado Social forte).
  3. Finalmente, tentei desafiar o convidado para algo que considero faltar em Portugal. É que, apesar das ditas limitações da ciência económica e de muitos economistas com acesso próximo aos ouvidos dos políticos terem inflacionado as capacidades reais da disciplina, julgo que existem bons exemplos de conclusões da investigação que são relativamente transversais à orientação política dos investigadores, e que fazia falta que tivessem mais protagonismo no debate político, que é tantas vezes, de um lado e de outro, ignorante e simplista. Acho mesmo que esse é um contributo que os economistas, enquanto cientistas, ainda que sociais, podiam dar conjuntamente. Um bom exemplo disto de que falo, noutra realidade, foi o exercício feito pelo podcast Planet Money da NPR (rádio pública dos Estados Unidos), que conseguiu identificar cinco grandes medidas de reforma fiscal apoiadas por economistas da esquerda à direita. Encontram, como habitual, o link na descrição do episódio.
  4. No final do episódio, falámos ainda das limitações do PIB e de políticas potenciais de crescimento económico em Portugal.

Torne-se mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon!

Obrigado aos mecenas do podcast:

  • Gustavo Pimenta
  • João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Ferreira; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite
  • Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Pinto; Daniel Correia; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa
  • Vasco Sá Pinto; David; Pedro Vaz; Luís Ferreira; André Gamito, Rui Baldaia; Henrique Pedro; Manuel Lagarto; Rui Carrilho; Luis Quelhas Valente; Tiago Pires; Mafalda Pratas; Filipe Ribeiro; Renato Vasconcelos; João Salvado; Joana Martins; Luís Marques; João Bastos; João Raimundo; Francisco Arantes; Francisco dos Santos; Mariana Barosa

Ligações:

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Thiago Hansen é autor do podcast brasileiro Salvo Melhor Juízo e professor de História e Teoria do Direito na Universidade Federal do Paraná.

Começámos por discutir a evolução do Direito ao longo da História - desde Roma (lá está), passando pela Europa medieval até à formação do Estado Moderno. Isto levou-nos a discutir temas como o Absolutismo ou a diferença entre a o sistema jurídico da tradição da Europa continental e a chamada common law de tradição inglesa. E daí saímos do passado para abordar o Presente do sistema judicial brasileiro. Foi muito interessante ouvir o alerta do Thiago, ele próprio jurista, em relação aos perigos do excesso de protagonismo do poder judicial no Brasil. Sobretudo tendo em conta que gravámos a conversa dias antes de saírem as notícias de que o juiz Sérgio Moro, figura central da acusação ao antigo Presidente Lula da Silva e hoje ministro da Justiça do Brasil, terá, entre outras acções muito discutíveis, a serem verdade, colaborado com o procurador do Ministério Público (a acusação), o que é proibido por lei. Isto são notícias dos últimos dias, atenção. Actualidade, portanto, num episódio que era suposto, relembro, suposto ser sobre História do Direito!

Feito este detour, regressámos à História e à Teoria do Direito para falar da relação entre o Direito e Justiça. Pode parecer um não-tema, mas a verdade é que há uma longa história de discussão filosófica sobre a relação entre os dois. O debate clássico é entre duas visões antagónicas, a do chamado direito natural e a do positivismo jurídico. E várias vezes este contraste veio à baila durante o episódio. Explicando rapidamente, os proponentes do direito natural reclamam que existem leis universais naturais, que o Estado tem de respeitar. O que não responde, claro, à pergunta: o que é natural? Para uns é a palavra de Deus, para outros os direitos básicos de todos os seres humanos. Mas alguém tem de os definir, claro, por isso esta posição adianta de pouco. Já a posição contrária, a do direito positivista, está confortável com o facto de ser a maioria da população a definir o que é a lei e, em última análise, o Estado ou Governo desse país. Mas isso, claro, leva a que em teoria, se tolere um Estado autoritário ou uma ditadura da maioria. Enquanto não-jurista, tenho que dizer que me parece um debate um pouco esotérico...demasiado abstracto e sobretudo pouco útil na prática, uma vez que a realidade não corresponde exactamente a nenhum dos modelos. Mas julguem por vós próprios.

Terminámos a conversa a falar sobre podcasts, Portugal e o Brasil e o potencial dos podcasts em aproximarem pessoas dos dois países - como nós. Espero que gostem.

Obrigado aos mecenas do podcast:

  • Gustavo Pimenta; João Castanheira
  • João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite
  • Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima, João Braz Pinto, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, Rafael Melo
  • Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Duarte, José Carlos Abrantes, Tomás Félix, Vasco Lima, Carlos Martins, Ricardo Delgadinho, Marise Almeida

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Referências faladas ao longo do episódio:

Podcast do convidado: SALVO MELHOR JUÍZO

Definições de Direito

Jusnaturalismo

Legal positivism

Diferenças

Ius

Auctoritas e Potestas

Josep Fontana

Ordenações

Celso: "O direito é a arte do bom e do justo"

Ronald Dworkin

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