
Coligay: a primeira torcida organizada gay
10/04/21 • 30 min
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O rei inglês que quase se tornou muçulmano
O rei Henrique II da Inglaterra era um rei excêntrico. Certa vez ele foi à cidadezinha de Winchester e permitiu que a plebe “realizasse uma eleição livre”, mas proibiu “de eleger qualquer um que não fosse Ricardo, meu escrivão”. Ele governou a Inglaterra bem no meio das Cruzadas. Período da história onde cristãos foram até o Oriente Médio pra lutar contra muçulmanos. Nessa época, vale ressaltar, os muçulmanos eram vistos como inimigos da cristandade. E justamente nesse período que Henrique II da Inglaterra, que também era o duque da Normandia e da Aquitânia, conde do Maine, Anjou e Touraine, senhor áreas da França, chega a enviar uma carta ao Papa Alexandre III em tom de ameaça, dizendo que ele poderia se converter ao Islamismo. Pois é. É difícil saber as reais intenções de Henrique II. Talvez fosse apenas um blefe ou algo do gênero, mas a verdade é que ele desde criança mostrou-se minimamente interessado pela religião islâmica. Isso porque os pais de Henrique seguiram o conselho de William de Malmesbury: “um rei sem letras é [apenas] um asno com uma coroa". Por isso ele sempre estudou muito, incluindo outras culturas. E desde cedo ele mostrou um interesse especial pelo Islamismo e até pela língua árabe e tudo indica que ele sabia falar muito bem o idioma. As motivações de Henrique II para a conversão do Islã foram basicamente questões familiares. Casos de família. Casos de família real.
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Revolta de Stonewall
É comum ver membros do movimento LGBTQIA+ considerando como um dos momentos que mais inspirou a sua luta e à organização desse movimento, a Revolta de Stonewall. Em 69, frequentadores do bar Stonewall Inn, na cidade de Nova Iorque, decidiram se revoltar contra a opressão da polícia que frequentemente caía em cima do público do lugar. Na década de 60, muitos estados dos EUA ainda criminalizavam a relação entre pessoas do mesmo gênero. E por mais que em 69 muitos estados já tivessem derrubado essa lei, em Nova York ela estava firme. Além disso, a State Liquor Authority (SLA) proibia a venda de bebidas alcoólicas para estabelecimentos considerados gays. Entretanto, o dono do Stonewall Inn era um mafioso, que pagava uma quantia agradável para os policiais ignorarem o lugar e não fiscalizarem de forma adequada de acordo com a lei. Mas o esqueminha não durou pra sempre. No dia dia 28 de junho de 1969 os policiais apareceram num horário não acordado, e prendeu várias pessoas por estarem “violando o estatuto de vestuário", já que a lei exigia que as pessoas usassem pelo menos três peças de roupas consideradas apropriadas ao seu gênero. Enquanto as prisões eram feitas, uma multidão se cansou do abuso policial com algo inofensivo, se juntou na frente do bar e começaram tacar garrafas, cadeiras e tudo que estivesse em sua volta nos policiais. "A dor, a raiva, a frustração, a humilhação, a constante insistência, a constante agitação que causaram em nossas vidas: agora era a hora de se livrar disso tudo. (...) Não precisava machucar um policial, não precisava machucar ninguém, só precisava gritar.” disse Martin Boyce ao The New York Times, que frequentava o Stonewall. Esse movimento inspirou muitos outros a se rebelarem contra leis que perseguiam pessoas LGBTQIA+ e até hoje é relembrado constantemente. No ano seguinte após a Revolta de Stonewall, pessoas se encontraram na frente do bar no aniversário do caso para comemorar um ano da revolta e, desde então, o aniversário da Revolta são as modernas paradas LGBTQIA+.
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