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Crentassos Produções Subversivas - Estão Mudando a Bíblia? (Parte 3) | Ampulheta 71

Estão Mudando a Bíblia? (Parte 3) | Ampulheta 71

04/20/24 • 5 min

Crentassos Produções Subversivas

Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema Estão Mudando a Bíblia (parte 3).

Nos episódios anteriores falamos sobre as variações textuais das línguas originais, incluindo trechos mais longos e mais curtos, como resultado do trabalho dos copistas. Também falamos sobre a bagagem cultural dos próprios tradutores da Bíblia, e sua influência nas escolhas de palavras para interpretar os textos do hebraico, aramaico e grego para o português.

Essas duas primeiras interferências mexem no texto antes que ele chegue às nossas mãos. Mas o aspecto que vamos falar hoje, pode interferir na compreensão de textos que nós já lemos e já incorporamos à nossa teologia.

Você pode me refutar alegando que a palavra de Deus é imutável.

Eu serei obrigado a concordar com você.

A Palavra de Deus não muda com o tempo. Ela não está sujeita às novidades que nós resolvemos aderir. Sem dúvida a Palavra é eterna.

Mas acontece que a língua está em transformação o tempo todo.

Observando o diálogo entre pais e filhos já notamos que os significados das palavras não são exatamente os mesmos para uma e outra geração. Este abismo linguístico se aprofunda ainda mais se a conversa foi entre netos e avós. Agora imagine-se conversando com alguém nascido apenas quatro gerações antes de você. Pense nos seus pais, avós, bisavós e então os seus tataravós. Quatro gerações atrás.

Em média, este trajeto de quatro gerações leva cem anos para se estabelecer. O que, em escala histórica, é o equivalente a poucos minutos.

A forma de se comunicar em meados de 1640, por João Ferreira de Almeida, certamente passa muito longe da língua que falamos, escrevemos e lemos na segunda década do séc. XXI. Até mesmo as palavras que temos em comum, carregam significados diferentes. Alguns até mesmo com uma carga de insinuações que não são desejadas na passagem bíblica em que se encontram.

A escolha de chamar um homem de “varão”, por exemplo, podia ser corriqueira naquele tempo. Hoje é motivo de deboche. Comunica de modo equivocado a intenção do texto. O uso da palavra “gozar” para referir-se à alegria também não ajuda na compreensão do texto por esta geração, que atribui ao termo um significado mais conectado ao prazer sexual.

É por isso que até mesmo as boas traduções carecem de revisão de tempos em tempos. Elas são boas para o idioma falado naquele tempo em que elas foram concebidas. Mas conforme a língua falada se transforma, a interpretação do texto corre o risco de se perder.

E vamos combinar que isso não ocorre apenas com o texto bíblico. Algumas músicas que cantamos tradicionalmente em nossos cultos também mereciam uma certa atualização. Se é que o nosso propósito aqui ainda é anunciar e testemunhar a Cristo.

Veja bem, se um brasileiro estivesse se preparando para pregar o evangelho na China, espera-se minimamente que ele esteja aprendendo o mandarim, o idioma mais falado naquele país dentre os 3 idiomas oficiais. Mas se ele se recusasse, e insistisse que a Bíblia não pode ser mudada, que a Palavra de Deus é imutável e suficiente, qualquer um de nós o chamaria de fanático ou maluco.

Se você é uma testemunha do evangelho. Se você ouviu o chamado de Jesus para anunciar a sua santa palavra. Aprenda a falar a língua do povo com o qual você vai se comunicar. E pelo amor de Deus, pare de citar textos bíblicos com mesóclises como se esta fosse a forma original como Deus falou com o seu povo para tirá-los do Egito. Esta é apenas a forma como um rapaz do séc. XVII traduziu a Palavra do Senhor. E ainda que tenha sido adequada para aquele tempo e lugar, obviamente não é a forma indicada para anunciarmos o Reino aqui e agora.

Encerramos aqui este breve comentário sobre as traduções do texto bíblico. Se você curtiu, encaminha pra todo mundo e comenta com a gente na plataforma que estiver ouvindo.

Eu fico por aqui, um forte abraço e até o próximo Ampulheta.

PARTICIPANTES:
Giancarlo Marx

COISAS ÚTEIS:
– Duração: 05m47s– Feed do Crentassos: Feed, RSS, Android e iTunes: crentassos.com.br/blog/tag/podcast/feed Para assinar no iTunes, clique na aba “Avançado”, e “Assinar Podcast”. Cole o endereço e confirme. Assim você recebe automaticamente os novos episódios.
Todos os “Ampulheta”

CITADOS NO PROGRAMA:
Podcast “Estão Mudando a Bíblia? | Ampulheta 69 (Parte 01)”.
Podcast “Estão Mudando a Bíblia? | Ampulheta 70 (Parte 02)”.

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Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema Estão Mudando a Bíblia (parte 3).

Nos episódios anteriores falamos sobre as variações textuais das línguas originais, incluindo trechos mais longos e mais curtos, como resultado do trabalho dos copistas. Também falamos sobre a bagagem cultural dos próprios tradutores da Bíblia, e sua influência nas escolhas de palavras para interpretar os textos do hebraico, aramaico e grego para o português.

Essas duas primeiras interferências mexem no texto antes que ele chegue às nossas mãos. Mas o aspecto que vamos falar hoje, pode interferir na compreensão de textos que nós já lemos e já incorporamos à nossa teologia.

Você pode me refutar alegando que a palavra de Deus é imutável.

Eu serei obrigado a concordar com você.

A Palavra de Deus não muda com o tempo. Ela não está sujeita às novidades que nós resolvemos aderir. Sem dúvida a Palavra é eterna.

Mas acontece que a língua está em transformação o tempo todo.

Observando o diálogo entre pais e filhos já notamos que os significados das palavras não são exatamente os mesmos para uma e outra geração. Este abismo linguístico se aprofunda ainda mais se a conversa foi entre netos e avós. Agora imagine-se conversando com alguém nascido apenas quatro gerações antes de você. Pense nos seus pais, avós, bisavós e então os seus tataravós. Quatro gerações atrás.

Em média, este trajeto de quatro gerações leva cem anos para se estabelecer. O que, em escala histórica, é o equivalente a poucos minutos.

A forma de se comunicar em meados de 1640, por João Ferreira de Almeida, certamente passa muito longe da língua que falamos, escrevemos e lemos na segunda década do séc. XXI. Até mesmo as palavras que temos em comum, carregam significados diferentes. Alguns até mesmo com uma carga de insinuações que não são desejadas na passagem bíblica em que se encontram.

A escolha de chamar um homem de “varão”, por exemplo, podia ser corriqueira naquele tempo. Hoje é motivo de deboche. Comunica de modo equivocado a intenção do texto. O uso da palavra “gozar” para referir-se à alegria também não ajuda na compreensão do texto por esta geração, que atribui ao termo um significado mais conectado ao prazer sexual.

É por isso que até mesmo as boas traduções carecem de revisão de tempos em tempos. Elas são boas para o idioma falado naquele tempo em que elas foram concebidas. Mas conforme a língua falada se transforma, a interpretação do texto corre o risco de se perder.

E vamos combinar que isso não ocorre apenas com o texto bíblico. Algumas músicas que cantamos tradicionalmente em nossos cultos também mereciam uma certa atualização. Se é que o nosso propósito aqui ainda é anunciar e testemunhar a Cristo.

Veja bem, se um brasileiro estivesse se preparando para pregar o evangelho na China, espera-se minimamente que ele esteja aprendendo o mandarim, o idioma mais falado naquele país dentre os 3 idiomas oficiais. Mas se ele se recusasse, e insistisse que a Bíblia não pode ser mudada, que a Palavra de Deus é imutável e suficiente, qualquer um de nós o chamaria de fanático ou maluco.

Se você é uma testemunha do evangelho. Se você ouviu o chamado de Jesus para anunciar a sua santa palavra. Aprenda a falar a língua do povo com o qual você vai se comunicar. E pelo amor de Deus, pare de citar textos bíblicos com mesóclises como se esta fosse a forma original como Deus falou com o seu povo para tirá-los do Egito. Esta é apenas a forma como um rapaz do séc. XVII traduziu a Palavra do Senhor. E ainda que tenha sido adequada para aquele tempo e lugar, obviamente não é a forma indicada para anunciarmos o Reino aqui e agora.

Encerramos aqui este breve comentário sobre as traduções do texto bíblico. Se você curtiu, encaminha pra todo mundo e comenta com a gente na plataforma que estiver ouvindo.

Eu fico por aqui, um forte abraço e até o próximo Ampulheta.

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Giancarlo Marx

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No Podcrent de número 129, Jonatha Zimmer e Tamyres Palma recebem os amigos Felipe Stresser (Profeta Erezias) e Cecília Bohrer para assistirem juntos “No Ritmo da Fé”, filme brasileiro que veio agitar corações jovens evangélicos. Neste Podcrent, descubra a nova técnica de evangelismo, aprenda a olhar o porta-mala, tome cuidado com o fiscal de notas e receba dinheiro para ir em um retiro.

*** Este programa possui um formato diferente. Ele funciona como uma “Faixa Comentada” de um filme. É necessário que você escute o programa enquanto assiste o filme. Recomendamos que utilize a Netflix para uma melhor sincronização. O link para o filme completo está aqui. Carregue um pouco do vídeo antes de iniciá-lo, pause-o e deixe com o cronômetro em 00:00 inicias. Dê o play após o 3o beep sonoro do podcast. Se em algum momento perceber que existe um atraso do filme em relação ao podcast, pause o programa um pouco (deixando o filme rolando) e despause novamente. Isto pode acontecer pela velocidade de conexão da Netflix Bom filme! ***

PARTICIPANTES:
Jonatha Zimmer
Tamyres Palma
Felipe Stresser
Cecília Bohrer

COISAS ÚTEIS:
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**** Filme “No Ritmo da Fé” na Netflix ****

CITADOS NO PROGRAMA:
Filme “No Ritmo da Fé” na Netflix
Clube de Leitura da Crentassos, o “LivraSSos”
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Podcast “Tela Crente: O Apocalipse | Podcrent 43”
Podcast “Tela Crente: Deus Não Está Morto | Podcrent 55”
Podcast “Tela Crente: Oficina G3 (Acústico) | Podcrent 67”
Podcast “Tela Crente: Desafiando Gigantes” | Podcrent 76′′
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Podcast “Tela Crente: Crônicas de Natal | Podcrent 84”
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Você tem medo de quê? Um dos sentimentos mais básicos do ser humano é importante para nos preservar de certos riscos, mas também pode sair do controle e nos paralisar, criar situações de desespero e nos fazer perder a razão, perder o controle e até mesmo perder a fé. Será? Quais os nossos medos? Como aprendemos a lidar com eles? E como a nossa fé nos ajuda a lidar com esses conflitos tão íntimos?

PARTICIPANTES:
Hernani Correa
Rodrigo Quintã
Lucas Vieira

COISAS ÚTEIS:
– Duração:54m31s
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Música “Miedo” por Lenine e Julieta Venegas
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