Alumni a dar música – The FEUP Alumni Playlist #2 – Daniel Campos

07/06/20 • 7 min

Alumni a dar Música - The FEUP Alumni Playlist

“Alumni a dar música” é uma rubrica musical em formato Podcast do Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio que traz todos os meses as escolhas musicais dos nossos Alumni. Na 2a edição do “Alumni a dar música” temos a escolha musical do alumnus Daniel Campos.

Daniel Campos

Engenharia Civil (2004)

General Manager na Elan Urban,Qatar

Daniel Campos explica a Playlist, que é um tributo aos anos 1999 e 2000!

“Para a maioria de nós que nascemos em 1981, este foi provavelmente um período de mudança que ficou registado na memória. Foi o último ano da Secundária. A despedida de muitos amigos e o sair da zona de conforto. A entrada na faculdade e as duzentas novas amizades. Para uns as demoradas viagens diárias de autocarro, para outros o primeiro quarto arrendado longe de casa e a carreira ao fim-de-semana. Finalmente a carta de condução e o primeiro carro em terceira mão. Comercial a diesel, claro! Enfim... uma resma de novidades.

Para a FEUP foi também um período de mudança.

Foi o último ano académico na Rua dos Bragas e a mudança para o Polo da Asprela. Deixámos para trás o aroma a madeira dos velhinhos auditórios dos Bragas, o reboco a cair nas salas de aulas práticas do colégio Almeida Garrett e a famosa sala de informática com 10 PC’s.

Deixamos a manta de retalhos do Pólo de Engenharia no centro histórico do Porto, onde tudo estava à mão e havia muito por onde passear durante as aulas teóricas de Análise Matemática, para nos mudarmos para um complexo devidamente organizado, digno desse nome, mas isolado da vivacidade a que nos tínhamos habituado nos Bragas. Toda uma série de novas rotinas. Tudo cheirava a novo. Os computadores cresceram como cogumelos, as zip drives eram a novidade. Acabava-se o drama dos relatórios compactados em múltiplas disquetes e a caminhada à chuva entre salas de aulas.

Entretanto, a rádio tocava de fundo a banda sonora de todo este cenário de mudança.

Foi um período interessante. Moby, Fat Boy Slim e Gorillaz lançam os seus melhores álbuns de sempre. Os Rage Against The Machine editam um álbum mítico que ainda hoje é banda sonora obrigatória para qualquer cena de protesto.

Lenny Kravitz, Red Hot Chili Peppers, The Offspring, Foo Fighters, Blink-182, Limp Bizkit e Guano Apes lançam os singles que seriam banda sonora obrigatória em todas as barracas da Queima das Fitas durante anos a fio.

Não há bar na “Ribeira” que não toque Turn Around dos Phat’s and Small e não acabe a noite com a Maria da Blondie.

Os Despe e Siga lançam a sua colectânea de melhores músicas 94-99, animando como ninguém as noites de Verão. Pedro Abrunhosa lança-se no universo dos arranjos electrónicos. Os Ornatos Violeta editam o seu grandioso último álbum – O Monstro Precisa de Amigos. Os Da Weasel atingem o momento alto da carreira com Iniciação a Uma Vida Banal – O Manual.

Tom Jones reedita todas suas melhores músicas com convidados no brutal Reload.

O funk e acid jazz de Jamiroquai chega de rompante a banda sonora de um filme de Hollywood com Deeper Underground na versão americana de Godzilla.

Os Smash Mouth lançam aquelas que seriam mais tarde as músicas mais utilizadas de sempre no universo do cinema no seu álbum Astro Lounge.

Os Coldplay lançam-se para o estrelato com o álbum Parachutes e nunca mais pararam de melhorar de disco para disco. Anastacia também se estreia com o álbum Not That Kind.

Outros também brilham: Oasis – Standing on the Shoulder of Giants, Robbie Williams – Sing When You’re Winning, Everlast – Eat at Whitey’s, U2 – All That You Can Leave Behind, Semisonic – All About Chemistry, Eminem – The Marshall Mathers.

Foi a época da loucura das boysband e girlsband em Portugal e a nível internacional. O meu guilty pleasure era Keep On Moving’ dos Five.

Também tivemos direito a pequenas pérolas como Norah Jones, Marisa Monte, Gabrielle e Macy Gray. Para finalizar, houve claro aqueles singles que nunca mais nos saíram da cabeça: Shaggy & Rikrok – It Wasn’t Me, Baha Men – Who Let The Dogs Out, Crazy Town – Butterfly, OutKast – Ms. Jackson. Todo este universo musical acompanhou-nos passo a passo.

Ouçam esta Playlist e saboreiem a viagem no tempo!”

Playlist do Alumnus

Moby – Natural Blues

Daniel Campos

Engenharia Civil (2004)

General Manager na Elan Urban,Qatar

Daniel Campos explica a Playlist, que é um tributo aos anos 1999 e 2000!

Para a FEUP foi também um período de mudança.

Entretanto, a rádio tocava de fundo a banda sonora de todo este cenário de mudança.

Não há bar na “Ribeira” que não toque Turn Around dos Phat’s and Small e não acabe a noite com a Maria da Blondie.

Tom Jones reedita todas suas melhores músicas com convidados no brutal Reload.

O funk e acid jazz de Jamiroquai chega de rompante a banda sonora de um filme de Hollywood com Deeper Underground na versão americana de Godzilla.

Os Smash Mouth lançam aquelas que seriam mais tarde as músicas mais utilizadas de sempre no universo do cinema no seu álbum Astro Lounge.

Os Coldplay lançam-se para o estrelato com o álbum Parachutes e nunca mais pararam de melhorar de disco para disco. Anastacia também se estreia com o álbum Not That Kind.

Foi a época da loucura das boysband e girlsband em Portugal e a nível internacional. O meu guilty pleasure era Keep On Moving’ dos Five.

Ouçam esta Playlist e saboreiem a viagem no tempo!”

Playlist do Alumnus

Moby – Natural Blues

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Alumni a dar música – The FEUP Alumni Playlist #1 – Segadães Tavares

“Alumni a dar música” é uma rubrica musical em formato Podcast do Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio que traz todos os meses as escolhas musicais dos nossos Alumni. A estrear a “Alumni a dar música” temos a seleção de melodias do Engenheiro António Segadães Tavares, distinguido com o Prémio Carreira da FEUP 2019.

António Segadães Madeira Tavares

Engenharia Civil (1968)

Projetos Devenvolvidos

Centro Cultural de Belém
Pavilhão de Portugal e a sua “pala” (edificado para a EXPO 98)
Praça Cerimonial e o Teatro Camões (edificados para a Expo 98)
Estádio da Cidadela em Luanda
Vasco da Gama Shopping

Principais Distinções

“Nobel de Engenharia de Estruturas” (“Outstanding Structure Award”), atribuído pela International Association for Bridge and Structural Engineering pelo projeto de ampliação da pista do aeroporto da Madeira (2004)
Medalhas da República Portuguesa “Ordem de Ordem do Infante D. Henrique” (2006) e “Ordem de Mérito” (2000), a “Medalha de Ouro” da Ordem dos Engenheiros (2011)
“Prémio SECIL” de Engenharia Civil (2001)
Prémio Carreira da FEUP 2019

Playlist do Alumnus

Mai Nozipo / Kronos Quartet – “Pieces of Africa” – (CD) / Music by Dumisani Maraire
Sakanda /Lasset Uns Den Nicht Zertelei / Lambarena- Bach to Africa – (CD) / “Sakanda” – tradicional /”Lasset Uns Den Nicht Zertelein” / J.S. Bach, St. John Passion, BWV 245, No 27B
Meeting of Tribes / Baka Beyond – “The Meeting Pool” – (CD) / Music by Martin Cradick
Voglio una Casa / Tradicional/Improvisation / All’Improvviso – “Les chants de la terre”
Dell’Aura Al Sussurrar / Cecília Bartoli – “The Vivaldi Álbum – II Giardino Armonico” (CD)
J’ai Perdu Mon Eurydice / Music by Gluck – Orpheé e Eurydice / Jennifer Larmore- “Born in Atlanta” – (CD)
O Zittre Nicht – Music by Mozart / Die Zauberflote /The Art of Sumi Jo – (CD)
Bachianas Brasileiras No 5 pour Soprano e 8 Violoncelles / Music by Villa Lobos / Villa Lobos – “Bachianas Brasileiras 1, 5 & 7” / Barbara Hendricks/ Enrique Bátiz

Já podes nomear o Prémio Carreira da FEUP 2020 aqui.

Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio

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Alumni a dar música – The FEUP Alumni Playlist #3 – Filipe Mendonça

“Alumni a dar música” é uma rubrica musical em formato Podcast do Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio que traz todos os meses as escolhas musicais dos nossos Alumni. Na 3a edição do “Alumni a dar música” temos a escolha musical do alumnus Filipe Mendonça.

Filipe Mendonça

Mestrado integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (2020)

Engenheiro de Projeto na Appirio

Conhece os momentos que marcaram as escolhas de Filipe Mendonça

“Era bastante improvável estar eu a falar de música sem mencionar em primeiro lugar os Arctic Monkeys. Assim, começo com eles, a banda que mais me marcou no período de tempo em que estive na FEUP. Já os conhecendo (não muito) o facto de os ter visto no SuperBock SuperRock no primeiro ano de faculdade, funcionou como um “abre olhos” a nível musical. É prática comum olhar para as músicas escritas pelo Alex Turner e sentir quase como um sentimento de raiva por não ter pensado naquela música ou ideia antes. E esta música (The Bakery) é um belo exemplo, uma melodia bastante calma, não muito comum na banda, e uma letra tão simples e mundana que dificilmente passa ao lado de quem a ouve.

Durante o meu percurso académico, os tempos de convívio foram muitas vezes (mesmo muitas) passadas em grupo e com algumas guitarras espalhadas pelas mãos de quem estivesse presente. Se havia música que era cantada em grupo, por todos os presentes, e com uma força sem igual, era a Chaga dos Ornatos. Sendo a FEUP uma faculdade que recebe imensos estudantes de fora da cidade, como é exemplo o meu grupo de amigos, demonstra bem que a banda, originada no Porto, ultrapassou bem os limites da cidade e marcou a minha e outras gerações por todo o país.

Falar de música durante o meu período na FEUP é falar no festival de Paredes de Coura. Quem teve a felicidade de ir ao “Paredes” pôde comprovar, como eu, que ano após ano as margens do Rio Coura facilmente se confundiam com os corredores do edifício B da faculdade, de tanto futuro engenheiro que lá marca presença em todas as edições. Assim, escolho uma banda que atuou na primeira edição em que estive presente no festival. A Come A Little Closer dos norte-americanos Cage The Elephant, que mais tarde viriam a repetir a presença em Paredes de Coura.

Muitas foram as épocas de exame em que Bon Iver era a banda sonora. Esta música em especial (For Emma, Forever Ago) descobri numa versão acappella no “A Take Away Show” que a banda gravou em Paris. Desde então virei fã da banda e em especial das harmonias feitas por todos os elementos.

Talvez a melhor experiência que a FEUP me proporcionou foi, ironicamente, fora da FEUP. Em setembro de 2016 fiz as malas e fui de Erasmus, na primeira experiência a viver sozinho e noutro país. Das memórias mais frescas que tenho dessa altura é de estar a ouvir em “repeat” a Ceilings dos Local Natives enquanto contemplava a bela cidade de Valência.

Numa playlist de 8 músicas que represente o que eu ouvia nesta época o Mac DeMarco tem de estar presente. Difícil foi a escolha de uma só música, mais fácil seria escolher o álbum “2” do artista. Ainda assim, forço-me a escolher a Ode to Viceroy.

À medida que os anos foram passando, o meu gosto musical foi mudando, também por novos estilos que fui conhecendo. O multi-instrumentista French Kiwi Juice foi um dos grandes responsáveis por isso, pelo seu estilo de música que chegou a mim como uma lufada de ar fresco.

Para finalizar escolho os boy pablo, uma das minhas bandas do momento. São a prova que está aí uma nova geração muito talentosa a fazer música boa e diferente. Como é também exemplo o caso do Yellow Days, que teve de ficar fora desta lista. Os boy pablo marcam também o meu último “Paredes” enquanto estudante. A tkm é das minhas favoritas, daquelas que ouvindo uma vez não sai o resto do dia da cabeça.”

Playlist do Alumnus