Alouca Tarot

O que é certo? O que é errado? A Justiça é sempre justa e cega?

Esses e mais devaneios no episódio de hoje do #AloucaTarotPodcast sobre o Arcano 8 ou 11 do Tarot.

Fui até a casa da Sara e em sua sala conversamos sobre Tarot, mas não só.

Ela é mãe de duas crianças, ilustradora, tarotista e mulher trans. Em 2018, durante seu processo de transição, Sara se dedicou à criação do deck "La Máquina de Tarot de La Terror". A obra coloca de cabeça para baixo as Arcanas Maiores e Menores com maestria.

Como Sara mesma disse: "O Tarot resiste a isso, as pessoas não".

A artista nos convida a olhar para o Tarot com mais amor. A encarar suas movimentações como um processo orgânico, presente em toda a sua história e que possibilita sua expansão, presença na contemporaneidade e no porvir.

É contraditório enfatizar que o Tarot é um espelho no qual podemos nos ver e, ao mesmo tempo, resistir às novas ideias e provocações que presenciamos.

Sara revisita símbolos, naipes e acrescenta possibilidades ao Tarot. As inspirações vêm da cultura pop, queer, da música gospel, de Crowley, de Pamela Colman Smith, de máquinas de fliperama e muito mais, mas principalmente de suas experiências, do seu conhecimento sobre o Tarot e do seu olhar para o mundo. Com isso, ela nos presenteia com um novo espelho. Nele, se desejarmos, podemos nos deparar com um eu atualizado.

A jornada que o Tarot comunica, da qual tanto falamos, também diz respeito a ele próprio e à sua trajetória. Trajetória que, como sabemos, não tem começo nem fim, mas que a cada "looping" enriquece. É uma espécie de experiência adquirida e que só pode ser manifestada através de nós e de nossa contribuição amorosa para com ele.

No final, quem expande e adquire experiência somos nós, enquanto o Tarot continua sendo um espelho.

Sara Amor aceitou meu convite e nossa conversa virou esse episódio do Alouca Tarot Podcast.

Para cursos e consultas, acesse: aloucatarot.com.br
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O Diabo em nós se manifesta tão cotidianamente que nos escapa.
Talvez seja por isso que tenha recebido fama de pai da mentira.
Sem ele, provavelmente, não teríamos nem água quente para tomar banho. Ele é nossa faceta que busca por comodismo, conforto e aquilo tudo que, de inúmeras maneiras, facilita a vida material.
Inventamos carro, avião, fogão, cadeira, telefone, refrigerante, sorvete, computador, pinga...
É a criatividade do Mago direcionada em construir um mundo mecanizado e artificial para nos servir.
Mas nem tudo são flores.
O Arcano que o Diabo comunica carrega também a dependência na mecanicidade e artificialidade que me satisfaz. Ele em nós é a busca constante pela novidade, pela adrenalina e pelo prazer.
Viro refém e me torno um dos famosos diabretes acorrentados aos pés do décimo quinto Arcano Maior.
E, de novo, sem ele, sequer estaríamos aqui. Existe coisa mais diabólica do que nos reunirmos através dessa plataforma?
Todavia, precisamos dessa faceta. É ela quem nos faz avançar, olhar com curiosidade para o mundo e encontrar soluções.
Compreender que ser Diabo é intrínseco à nossa existência nos poupará da culpa e da punição, ao mesmo tempo que nos presenteará com a responsabilidade do saber.
É uma espécie de mordida na maçã.
Como, para que fins e até quando ficaremos aqui? A jornada continua e pela frente ainda tem chão. Que ferramentas O Diabo nos dará para seguir adiante? É para isso que ele existe.
A completude que através dele tentamos alcançar, só satisfaz o corpo objetivo que, de tão forte e edificado, vira Torre. Daí vem o famoso raio...
Esperaremos por ele?
Ou buscaremos, de forma pacífica e voluntária, a conciliação entre sutil e objetivo que o Tarot tanto comunica?
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Afinal, o que faz uma leitura de Tarot obter resultados?

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Quando eu era criança tinha uma vizinha, avó dos meus melhores amigos da rua, que atendia à todas as características que eu esperava encontrar numa bruxa: baixinha, corcunda, nariz grande e com verruga, além de um cabelo enorme e grisalho. Sempre que ia na casa deles brincar, torcia para não me deparar com ela.
Me sentia naquele episódio de Chaves em que as crianças entram na casa da Bruxa do 71. Agora, claro, acho um absurdo. Ao mesmo tempo que vejo graça, afinal, me tornei pagão e bruxo.
Será que nossos medos, da infância ou não, são recordações do que seremos no futuro? No episódio do Alouca Tarot Podcast desta semana, através dos Arcanos Maiores “O Diabo” e “A Lua”, falo sobre o medo e suas diferentes facetas.
Ouça gratuitamente no site: aloucatarot.com.br ou na sua plataforma de podcast favorita. Um beijo!